Pequim, 25 jun (Lusa) -- A China vai endurecer a legislação sobre a compra de crianças sequestradas, para combater o crescendo do tráfico de crianças no país anunciou hoje a imprensa oficial.
O jornal China Daily noticia a apresentação da nova legislação na quarta-feira e refere que mais de 13.000 crianças foram resgatadas pela polícia chinesa no ano passado.
O jornal adianta que a situação decorre da limitação a um filho por casal.
A nova legislação, presentada na quarta-feira à Assembleia Nacional Popular, o parlamento chinês, prevê penas pesadas para o crime de tráfico de crianças, incluindo a pena de morte para certos casos, mas resalvando que em casos onde "não tenha existido abuso das crianças ou obstrução aos esforços para resgatá-las", estes possam ficar isentos de processos-crime.
Atualmente na China comprar crianças provenientes do tráfico infantil, "não constitui qualquer incumprimento da lei", daí o florescimento do tráfico, declarou à imprensa Feng Jianlin, pai de uma menina raptada em 2008, com nove anos de idade, na província de Shanxi no nordeste da China.
"Penso que quem compra crianças deve ser punido, e a nova proposta de lei irá promover a campanha chinesa anti-tráfico de bebés", continuou Feng Jianlin acrescentando que criou um 'site' para partilha de informações sobre as crianças raptadas, o qual já possibilitou devolver 14 crianças aos seus pais biológicos.
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