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Repressão e coerção de ativistas foram rotina na China em 2014 – relatório EUA

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A repressão de ativistas na China foi uma prática de rotina em 2014, ano em que milhares de presos políticos permaneceram encarcerados, segundo o relatório do Departamento de Estado norte-americano sobre Direitos Humanos divulgado na quinta-feira.

"A repressão e coerção foram rotina, particularmente contra organizações e indivíduos envolvidos na defesa de direitos civis e políticos e na defesa de causas de interesse público e minorias étnicas, e contra empresas de advocacia que trataram de casos sensíveis", refere o relatório.

O documento acrescenta que "funcionários continuaram a recorrer ao assédio, intimidação e perseguição dos familiares em retaliação contra os ativistas e defensores dos direitos" e que "indivíduos e grupos considerados politicamente sensíveis pelas autoridades continuam a enfrentar apertadas restrições em termos de liberdade de reunião, prática religiosa e viagens".

"As autoridades recorreram a medidas ilegais, como o desaparecimento forçado e rigorosa prisão domiciliária, incluindo de membros da família, para evitar a expressão pública de opiniões independentes. As autoridades continuaram a censurar e controlar firmemente o discurso público na Internet", adianta.

O Departamento de Estado norte-americano refere que o governo chinês nega ter quaisquer presos políticos.

O secretário de Estado adjunto para a Democracia, Direitos Humanos e Trabalho, Tom Malinowski, disse que a legislação em preparação na China sobre as organizações não-governamentais parece pôr em causa o compromisso da China de abertura para o mundo.

Segundo o norte-americano, a legislação pode potencialmente afetar os negócios e os intercâmbios culturais e educacionais, e as pessoas que trabalham no âmbito das questões do Estado de Direito e direitos humanos.

Citado pela imprensa, incluindo o South China Morning Post (SCMP), publicado em Hong Kong, Tom Malinowski, disse que a questão tinha sido abordada na sétima edição do 'diálogo estratégico e económico' entre os EUA e a China, que terminou em Washington na quarta-feira.

"Estamos muito preocupados com as implicações disto e com a retórica do medo de infiltração cultural que o governo chinês está a usar para justificar esta legislação a nível nacional e sobre o que isso diz sobre o futuro desenvolvimento da China", disse Malinowski.

Notícias Ao Minuto com Lusa

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