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Banco Mundial: NEM SEMPRE O QUE PARECE É

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Consideráveis escândalos sobre pagamentos principescos a alguns assessores de ministros timorenses chegaram aos corredores do Banco Mundial. Razão suficiente para que a entidade deslocasse a Díli o seu número dois na hierarquia que conclui não existirem escândalos mas “sim pagamentos justos e devidos aos que têm por missão contribuir para o melhor e desejável desempenho dos governantes timorenses”.

Se aparentemente assim considerou o BM para público entender, já no seu interior as opiniões são parcialmente contrárias e está a ser preparado um relatório com as conclusões e propostas de correcções que devem ser produzidas. Algo que já não é novidade e que aconteceu em casos quase semelhantes. Devendo ser constante no referido relatório que apesar de tudo este caso é substancialmente fora do comum e exagerado na correlação das verbas e desempenhos, comparativamente a casos passados e confirmados.

É comum o BM guardar para si as conclusões a que chega quando em casos destes põe os seus mais creditados elementos em campo. Quase sempre assim foi a sua política, por razões obvias de não perturbação das estabilidades governamentais dos países das suas intervenções. Acresce que neste caso até ao BM foi difícil “engolir o sapo” que a ministra das Finanças timorense, Emília Pires, lhe serviu. Consta que as fugas de informação, relacionadas com o processo podem começar a acontecer para que assim o BM possa “lavar a sua imagem de entidade responsável e transparente, avaliadora consciente daquilo que financia” – palavras vindas do seu interior.

Significa tudo isto que a presença do alto quadro do BM em Timor Leste serviu para publicamente demonstrar o seu interesse sobre o assunto “escandaloso” do Ministério das Finanças e também para aparentar que nada de excepcional detectou mas que as correcções vão ter de ser feitas porque nem tudo vai bem no ministério de Emília Pires, nem no governo da AMP relativamente ao que implícita o BM.

Aguardemos novidades. Saibamos observar algumas mudanças e descontentamentos por certo detectáveis nos tempos mais próximos. Ao contrário daquilo que possa parecer há circunstâncias em que o Banco Mundial não pode fazer de conta que tudo está bem nos reinos que financia e deve influir.

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