A presença da esposa de Xanana Gusmão em Portugal tem dado origem a acalorados debates e opiniões que na óptica de conhecedores da situação são injustificáveis, assim como injustificáveis são as reacções igualmente críticas sobre notícias das pretensões das autoridades timorenses desencadearem uma campanha para efeitos de melhorar a imagem do país. Nem Kirsty nem Timor-Leste justificam agastamentos como os que vimos, lêmos e ouvimos. Além de algumas operações estritamente cosméticas nada mudou em Timor que justifique desassombros. Os timorenses não sobrevivem este ano melhor que no ano transacto e Kirsty Sword Gusmão todos sabem quem é e porque integra o catálogo das figuras de destaque timorenses desde há alguns anos. O seu passado fala por ela e de forma alguma será agora que a vai credibilizar perante os timorenses ou o mundo.
Na realidade constata-se que individualidades portuguesas integradas num grupo de pressão têm-se movimentado em Portugal para promover uma imagem positiva do regime imposto por Xanana Gusmão com a sua AMP. Contudo, na maior parte das suas tentativas, para fazerem mover a máquina que querem criar, os resultados têm sido insignificantes. Isso mesmo se pode verificar nas reduzidas menções à presença da mulher do primeiro-ministro Xanana Gusmão na imprensa portuguesa com um parágrafo ou outro evidenciando ser forçado e por isso insignificante.
A imagem existente em Portugal e no mundo sobre Timor-Leste é a mesma de 2006, quando do golpe de Estado, e todos esperam para voltar a ler nos cabeçalhos dos jornais outro qualquer descalabro acontecido em Timor-Leste. É essa na generalidade a posição e as expectativas da população mundial relativamente a Timor-Leste e ao seu regime. Pouco importa que refiram sobre a estabilidade em que o país vive. O mundo sabe que aquela é uma estabilidade aparente, mantida através da repressão começada quando do golpe de Estado, atingindo o seu auge após o encenado 11 de Fevereiro de 2008 – onde infelizmente o Presidente Ramos Horta foi apanhado na confusão para que contribuiu - em que os timorenses, principalmente em Díli, se viram remetidos para um recolher obrigatório e estado de excepção que já julgavam que não terminava - tanto foi o tempo que durou sem que rigorosamente nada o justificasse. Nesse momento tudo e todos compreenderam que estavam perante um regime bem musculado. Um regime que desde então continua a equipar-se com máquinas repressivas, que nomeia para essa repressão um comissário político com a importância de comandante das polícias, Monteiro, que adquire armamento e canhões de água que atemorizam somente com a sua presença, que adquire viaturas civis para agentes de uma polícia (milícia?) que legalmente não existe mas que anda nas ruas a vigiar e a recolher informações de eventuais opositores e de todos que possam ser considerados “inimigos da estabilidade nacional”, etc.
Naquelas circunstâncias será impossível colher créditos para o regime timorense implantado pelos que actualmente querem mostrar uma face mais moderada, moderna e democrática. Os próprios estrangeiros que têm colaborado com as autoridades timorenses são os que quando regressam ao mundo realmente livre e democrático denunciam as situações de défice democrático, de corrupção, de injustiça, de ausência de governabilidade competente e honesta em favor das populações. O fosso entre uma classe de privilegiados, em número reduzido – políticos do status, empresários e famílias – e cerca de noventa por cento da população é enorme, apesar de inteligentemente estar a ser construído um "tampão" numa classe supostamente “média” entre funcionários públicos colaborantes, militantes dos partidos do regime e indivíduos subsidiados para todo o serviço, sujo, se necessário.
Sendo preocupante o que se está a passar em Timor-Leste, estando à vista e ao entendimento de quase todos nós a triste realidade, evidentemente que não colhe benefícios mais ou menos presenças de agentes a querer demonstrar o contrário, porque só será enganado quem desconhecer a realidade timorense. Sobre essa realidade podemos encontrar nos jornais e na internet, a espaços curtos e entendidos, para onde está a ir Timor e quem são os seus timoneiros na actualidade. Não será uma insignificante presença de Kirsty Sword em Portugal ou noutro país que poderá ter importância na dita campanha. Por isso, melhorar a imagem como? E a ONU, o que tem feito perante a realidade atrás referida e detectável aos que se interessarem?
Na realidade constata-se que individualidades portuguesas integradas num grupo de pressão têm-se movimentado em Portugal para promover uma imagem positiva do regime imposto por Xanana Gusmão com a sua AMP. Contudo, na maior parte das suas tentativas, para fazerem mover a máquina que querem criar, os resultados têm sido insignificantes. Isso mesmo se pode verificar nas reduzidas menções à presença da mulher do primeiro-ministro Xanana Gusmão na imprensa portuguesa com um parágrafo ou outro evidenciando ser forçado e por isso insignificante.
A imagem existente em Portugal e no mundo sobre Timor-Leste é a mesma de 2006, quando do golpe de Estado, e todos esperam para voltar a ler nos cabeçalhos dos jornais outro qualquer descalabro acontecido em Timor-Leste. É essa na generalidade a posição e as expectativas da população mundial relativamente a Timor-Leste e ao seu regime. Pouco importa que refiram sobre a estabilidade em que o país vive. O mundo sabe que aquela é uma estabilidade aparente, mantida através da repressão começada quando do golpe de Estado, atingindo o seu auge após o encenado 11 de Fevereiro de 2008 – onde infelizmente o Presidente Ramos Horta foi apanhado na confusão para que contribuiu - em que os timorenses, principalmente em Díli, se viram remetidos para um recolher obrigatório e estado de excepção que já julgavam que não terminava - tanto foi o tempo que durou sem que rigorosamente nada o justificasse. Nesse momento tudo e todos compreenderam que estavam perante um regime bem musculado. Um regime que desde então continua a equipar-se com máquinas repressivas, que nomeia para essa repressão um comissário político com a importância de comandante das polícias, Monteiro, que adquire armamento e canhões de água que atemorizam somente com a sua presença, que adquire viaturas civis para agentes de uma polícia (milícia?) que legalmente não existe mas que anda nas ruas a vigiar e a recolher informações de eventuais opositores e de todos que possam ser considerados “inimigos da estabilidade nacional”, etc.
Naquelas circunstâncias será impossível colher créditos para o regime timorense implantado pelos que actualmente querem mostrar uma face mais moderada, moderna e democrática. Os próprios estrangeiros que têm colaborado com as autoridades timorenses são os que quando regressam ao mundo realmente livre e democrático denunciam as situações de défice democrático, de corrupção, de injustiça, de ausência de governabilidade competente e honesta em favor das populações. O fosso entre uma classe de privilegiados, em número reduzido – políticos do status, empresários e famílias – e cerca de noventa por cento da população é enorme, apesar de inteligentemente estar a ser construído um "tampão" numa classe supostamente “média” entre funcionários públicos colaborantes, militantes dos partidos do regime e indivíduos subsidiados para todo o serviço, sujo, se necessário.
Sendo preocupante o que se está a passar em Timor-Leste, estando à vista e ao entendimento de quase todos nós a triste realidade, evidentemente que não colhe benefícios mais ou menos presenças de agentes a querer demonstrar o contrário, porque só será enganado quem desconhecer a realidade timorense. Sobre essa realidade podemos encontrar nos jornais e na internet, a espaços curtos e entendidos, para onde está a ir Timor e quem são os seus timoneiros na actualidade. Não será uma insignificante presença de Kirsty Sword em Portugal ou noutro país que poderá ter importância na dita campanha. Por isso, melhorar a imagem como? E a ONU, o que tem feito perante a realidade atrás referida e detectável aos que se interessarem?