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MULHERES TIMORENSES ESBARRAM NO ABERRANTE PODER DOS BISPOS

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Bispo Ricardo

Em Timor-Leste estão a ocorrer “fenómenos” cujos resultados estão a deixar os conservadores da Igreja Timorense inquietos e, quem sabe, capazes de voltar a querer derrubar o Estado, o Governo, os que forem contra as suas “sabedorias” ancilosadas. Os senhores Bispos que se cuidem.

A mulher de Xanana Gusmão, Kirsty Sword Gumão, chegou a Portugal para representar a sua Fundação Alola e falar da mulher timorense, da situação das mulheres timorenses, do desempenho das mulheres timorenses durante a luta de libertação e nos tempos da construção do país, agora e futuramente.

Em entrevista à Lusa a senhora Kirsty defendeu que é importante que a mulher timorense se liberte de certas imposições da Igreja Timorense. Não referindo a Igreja foi como se o fizesse.

Mas o que a senhora foi fazer! As reacções não se fizeram esperar. Desde “porta-vozes” da Igreja a indignarem-se até uma ministra da Justiça que fala de leis a cumprir, apesar de estar considerada mais que suspeita de ser corrupta – como afirma a oposição e a comunicação social. A Lei Contra o Aborto é para cumprir, morram ou não mulheres por não serem observadas as mais elementares regras e direitos que lhes assistem. A implementação de um planeamento familiar… Qual o quê? Inexistente. Distribuição de pílulas… Arrenegam, os sacerdotes e as “irmãs”.

Afirmou há dias um sacerdote, que se insurgia contra maior abertura na Lei da Interrupção da Gravidez, dizendo que 95 por cento dos timorenses são católicos e são contra. Nada mais falso. Esta é a eterna mania das Igrejas, principalmente da católica, em inflacionar os que os seguem na realidade. A maioria dos timorenses são católicos não praticantes, uma larga percentagem age contra as exigências da Igreja e submete-se a práticas abortivas sem as mínimas condições. Porque não criar as condições legais que permitam que as mulheres possam ser assistidas convenientemente? Mas que Igreja é aquela? Que Bispos desumanos são aqueles? Desejarão os sofrimentos das mulheres e até a morte como um “castigo”?

Importa que os timorenses e os políticos timorenses deixem de sustentar e tolerar as interferências da Igreja nas coisas do Estado e dos cidadãos. Importa, de uma vez por todas, saber dizer aos Bispos timorenses que não lhes pertence governar o país e muito menos interferir nas necessidades gritantes das mulheres timorenses só por serem extremamente intolerantes e retrógrados. Importa pôr a Igreja no devido lugar e lembrar-lhes que escusam de vir com representatividades que são manipuladas porque nem os Bispos nem os sacerdotes são completamente católicos e cumpridores das “leis bíblicas”, ainda menos das leis dos homens. Além disso, que se saiba, nunca foram expostos a eleições. Não tendo sido sufragados como podem estar tão convictos dos seus 95 por cento de católicos?

Razoabilidade é o que falta à Igreja em Timor Leste.

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