Pequim, 13 nov (Lusa) - Dois bombardeiros B-52, das forças armadas dos Estados Unidos, voaram perto de um grupo de ilhas artificiais construídas pela China nas disputadas águas do Mar do Sul da China, informou, esta quinta-feira, o Pentágono.
O exercício, descrito como de "liberdade de navegação" pelo porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA Peter Cook foi realizado na noite de 08 para 09 de novembro a 12 milhas náuticas das ilhas.
O mesmo responsável assegurou que a aviação norte-americana leva a cabo voos no "espaço aéreo internacional constantemente".
Durante a operação, o exército chinês contactou os bombardeiros via rádio, tendo ordenado que "se afastassem das ilhas", mas os aviões dos EUA ignoraram o pedido.
"Ambos os aviões prosseguiram a sua missão sem incidentes e sempre com absoluto respeito pela lei internacional", apontou o porta-voz da marinha dos EUA Bill Urban, que qualificou o sucedido como "uma missão de rotina no espaço aéreo internacional".
A operação militar teve lugar uma semana antes do presidente norte-americano, Barack Obama, coincidir com o líder chinês, Xi Jinping, na cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico, que se realizará nas Filipinas.
A tensão regional tem aumentado desde que a China transformou os recifes da zona - também reivindicados por uma série de países vizinhos - em pequenas ilhas capazes de acolher instalações militares.
Washington tem afirmado repetidamente que não reconhece a reivindicação chinesa de soberania sobre as águas territoriais em torno das ilhas artificiais.
No mês passado, um navio de guerra norte-americano navegou dentro do perímetro de 12 milhas náuticas em torno do recife Subi, nas ilhas Spratly, um arquipélago reclamado total ou parcialmente, pela China, Filipinas, Brunei, Malásia, Vietname e Taiwan.
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