Díli, 19 mai (Lusa) - A cooperação e o apoio da CPLP é vital para Timor-Leste conseguir desenvolver a seu componente naval e outros instrumentos que ajudem a fortalecer a defesa dos seus mares e recursos marinhos, disse hoje o primeiro-ministro timorense.
"Timor-Leste reconhece as dificuldades inerentes à proteção dos seus mares, ao combate à pesca ilegal, criminalidade transacional e tráficos ilícitos. Reconhecemos também a necessidade de trabalhar em cooperação com os nossos parceiros em matéria de segurança marítima", afirmou Rui Maria de Araujo.
"Em Timor-Leste, o componente naval e da polícia marítima são fundamentais para a segurança e proteção e portanto é crucial que haja estreita cooperação entre os nossos países para contribuir para o reforço destas capacidades", afirmou.
O chefe do Governo falava na sessão de abertura da XVII reunião dos ministros da Defesa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre hoje em Díli e onde participam delegações de todos os nove Estados lusófonos.
No caso timorense, disse Rui Maria Araújo, a sua política de Defesa assenta no "paradigma de segurança cooperativa, ligada a interdependência económica, a emergência de quadros normativos comuns e o reforço da confiança mútua entre os Estados".
Uma tendência que se evidencia a nível global, com crescente cooperação bilateral e multilateral, com cada vez mais instrumentos formais e informais, ligados em rede, fortalecendo-se a "desnacionalização das orientações políticas e das políticas de segurança", acrescentou.
Rui Araújo destacou, neste âmbito, a importância da componente da Defesa da CPLP, que está a contribuir para imprimir "nova dinâmica na projeção internacional" da lusofonia, colocando a comunidade a um "nível mais alto, em termos regionais e globais".
O governante referiu-se à importância da cooperação em aspetos como a defesa dos mares "perante as novas ameaças aos recursos vivos e não vivos" e a proteção dos recursos naturais, questão "estratégica indissociável das questões de defesa e segurança".
Rui Araújo destacou aspetos da cooperação na CPLP como os exercícios conjuntos Felino, na 15.ª edição, que permitem "melhor articulação na operação das forças, o reforço da amizade e confiança entre os países da CPLP e a modernização e profissionalização das forças".
Algo, sublinhou, que contribuiu para o seu empenho e credibilização a nível regional e internacional, especialmente no que toca a assistência humanitária e manutenção de paz.
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