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Autoridades de Macau não darão mais informações sobre morte de diretora das Alfândegas

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Macau, China, 18 jan (Lusa) - A Polícia Judiciária de Macau informou hoje que, a pedido da família, não dará mais informações sobre a investigação judicial que concluiu que a antiga diretora dos serviços de Alfândega, encontrada morta numa casa de banho pública, se suicidou.

Num comunicado, a PJ revela que o Ministério Público "não se opôs a que fosse divulgado oportunamente o motivo do suicídio", dado o alto cargo que ocupava Lai Man Wa na administração de Macau e por terem surgido "rumores em torno do caso que causaram alguma polémica".

No entanto, não houve "concordância dos familiares", pelo que nada mais será revelado, acrescenta o mesmo texto.

O procurador do Ministério Público de Macau, Ip Son Sang, disse a 20 de dezembro que a investigação judicial à morte da diretora dos serviços de Alfândega estava terminada e que concluiu que se tratou de um suicídio.

Ip Son Sang disse que a investigação não encontrou "mais circunstâncias" que mudem aquela que foi a conclusão preliminar em relação ao caso de Lai Man Wa, encontrada morta a 30 de outubro.

O caso chocou a opinião pública e levantou dúvidas relacionadas com a investigação das autoridades e a forma como o Governo de Macau lidou com a situação.

Horas depois de a responsável ter sido encontrada morta, o Governo convocou a imprensa e tanto o chefe do executivo como o secretário para a Segurança afirmaram que as investigações preliminares excluíam a hipótese de homicídio, apontando para suicídio.

Dias mais tarde, a Associação Novo Macau, a maior organização pró-democracia do território, pediu uma "investigação exaustiva" ao caso.

"Se um alto funcionário do Governo morre em circunstâncias tão anormais e o Governo de Macau decide encerrar o caso em apenas quatro horas, como é que os cidadãos comuns podem sentir que estão protegidos pela segurança e justiça", questionou a associação.

A 30 de novembro, ouvido na Assembleia Legislativa de Macau, o secretário para a Segurança garantiu que as autoridades "seguiram normas internacionais" e "não estão a encobrir nada" neste caso.

Segundo aquilo que foi divulgado pelo próprio Governo de Macau, Lai Man Wa apresentava cortes nos dois pulsos e pescoço, um saco de plástico na cabeça e, provavelmente, ingeriu comprimidos para dormir. A causa de morte avançada pelas autoridades de Macau foi asfixia.

MP (FV) // VM

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