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Governo e Presidente timorenses solidários com Indonésia depois de ataque terrorista

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Díli, 15 jan (Lusa) - O Governo e o Presidente da República timorenses mostraram-se hoje solidários com a Indonésia, na sequência do ataque de quinta-feira em Jacarta, remetendo mensagens ao chefe de Estado e Governos indonésios.

Taur Matan Ruak, Presidente da República, remeteu uma mensagem ao seu homólogo indonésio, Joko Widodo, manifestando "profunda consternação e choque" pelo "trágico e cobarde atentado perpetrado em Jakarta" que merece "total e enérgica condenação e repúdio".

"Este ato de barbárie contra vítimas inocentes e indefesas atinge princípios fundamentais das nossas democracias que é o respeito pela vida humana e o da liberdade individual", lê-se na mensagem, divulgada pelo gabinete de Taur Matan Ruak.

"Nesta hora de sofrimento e de luto, quero transmitir a Vossa Excelência e ao Povo Indonésio, em nome do povo timorense e em meu próprio, os sentimentos do nosso profundo pesar e sentida solidariedade. Os Timorenses partilham o sofrimento do Povo Indonésio e, em particular, o sofrimento das famílias das vítimas, a quem peço a Vossa Excelência que transmita os sentimentos de todo o Povo de Timor-Leste", sublinha.

Taur Matan Ruak explica que Timor-Leste "está disponível para colaborar com a Indonésia no combate a toda e qualquer forma de terrorismo."

Também o Governo timorense manifesta em comunicado a sua "solidariedade para com o Governo e o povo da Indonésia" e as condolências às famílias e amigos das vítimas, considerando os ataques de quinta-feira "atos criminosos de inaceitável violência"

"O Governo timorense apoia inteiramente a declaração do Presidente indonésio, Joko Widodo, quando afirma: "A nossa nação e o nosso povo não devem interiorizar o medo; não seremos derrotados por estes atos de terrorismo", refere o comunicado.

Agio Pereira, ministro de Estado e porta-voz do Governo, sublinha que o executivo timorense está "firme, num espírito de solidariedade e de amizade com o Governo e o povo vizinhos, neste momento difícil".

"Estes ataques não são aceitáveis na nossa região. Temos de louvar o trabalho dos serviços de segurança e emergência, pela resposta rápida e eficaz que deram nesta difícil circunstância", disse ainda.

A polícia da Indonésia deteve hoje três pessoas pela suspeita de estarem relacionadas com o ataque ocorrido na quinta-feira em Jacarta, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico, informam meios de comunicação locais.

Pelo menos sete pessoas, incluindo cinco atacantes e dois civis, morreram no atentado, que também causou mais de 20 feridos.

As autoridades anunciaram hoje um reforço da segurança nos pontos-chave da cidade que, na manhã de quinta-feira, foi palco de múltiplas explosões e de tiroteios no bairro de Jalan Thamrin, uma zona central de Jacarta, onde se localizam vários hotéis e restaurantes frequentados por estrangeiros e escritórios da ONU.

O número de agentes nas imediações de embaixadas e hospitais foi redobrado, tendo também sido adotadas mais medidas em centros comerciais.

País com a maior população muçulmana do mundo, onde 88% dos seus 250 milhões de habitantes professa esta religião, a Indonésia sofreu entre 2000 e 2009 vários atentados.

ASP (DM) // JPF

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