Pequim, 8 jul (Lusa) -- O ministério do Comércio chinês (MOFCOM) disse hoje que a crise da dívida grega não terá grande impacto na China, realçando que os investimentos chineses no país são escassos, comparando com outras economias da UE.
No conjunto, a China investiu 1,2 mil milhões de euros na Grécia, sobretudo nos setores transportes, telecomunicações e energia solar fotovoltaica, indicam dados do MOFCOM.
"Esperamos que a situação económica na Grécia melhore e seja resolvida", disse o porta-voz do ministério, Shen Danyang, lembrando que o investimento chinês na União Europeia (UE) atingiu os 3,8 mil milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano, uma subida de 367% face a período homólogo de 2014.
Em Portugal, desde que a China Three Gorges comprou 21,3% da EDP, em 2011, o montante do investimento chinês já ultrapassou os 10.000 milhões de euros.
"O investimento da China na Europa está-se a alargar a áreas como maquinaria, setor automóvel, imobiliário, transportes, telecomunicações, energia e finanças", disse Shen Danyang.
Na última semana, a Grécia tornou-se a primeira economia desenvolvida a entrar em incumprimento com o Fundo Monetário Internacional.
A China considera a Grécia uma porta de entrada das suas exportações para a Europa.
Em 2010, a operação de dois terminais de contentores do Pireu, o estratégico porto marítimo localizado nos arredores de Atenas, foi concessionada por um prazo de 35 anos à COSCO, uma multinacional chinesa do setor da navegação.
A UE é o maior parceiro comercial da China e cerca de 80% das exportações e importações entre os dois blocos são feitas por mar.
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