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HORTA SONDOU A FRETILIN PARA SER GOVERNO?
Em notícia de hoje, veiculada pela Lusa, sabemos que a FRETILIN não está disponível nesta legislatura para formar governo, declarou-o Mari Alkatiri, secretário-geral do histórico partido timorense.
Alkatiri adiantou que já tinha transmitido ao “presidente da república que não estamos dispostos a formar governo por dois anos, até porque, pelo menos, vão ser precisos dois anos só para corrigir os erros cometidos pelo governo de facto, liderado por Xanana Gusmão”, disse. Alkatiri salientou ainda que a FRETILIN “defende a estabilidade e por isso não vai querer aproveitar a atual crise política, criada pela demissão do vice-primeiro ministro Mário Carrascalão, para chegar ao poder”.
Ficamos sem saber se acaso o secretário-geral da FRETILIN foi sondado pelo presidente Ramos Horta sobre a possibilidade de aceitar formar um governo de iniciativa presidencial e como é que seria constituído esse governo. Se acaso Ramos Horta continuava com a sua eterna vontade de ser o mentor de um governo de salvação nacional, como ele tanto gosta de dizer, ou de unidade nacional. O que vai dar no mesmo.
Certo é que sem razões, sem uma auscultação ou qualquer outra iniciativa de contacto por parte do PR Horta, Alkatiri não surgiria com estas declarações aparentemente desgarradas. Mas isso a Lusa não explica, nem sabemos se tentou saber as razões das declarações aparentemente em seco de Alkatiri e da respectiva posição da FRETILIN.
Haverá os que não considerem importante porque motivo surgem estas declarações. Interpretando-as como uma espontaneidade de Alkatiri após o contacto de jornalistas mas certamente que não será só isso.
MANTAS DE RETALHO E PECHISBEQUE
Especulando, até melhores conhecimentos, podemos e devemos considerar que Ramos Horta começou a sondar a FRETILIN já há algum tempo sobre a possibilidade deste governo de Xanana Gusmão cair. Devemos mesmo admitir que deve ter acreditado na possibilidade de constituir um governo “manta de retalhos” em que coubessem quase todos os partidos políticos timorenses. Horta até declarou que tentou exactamente essa fórmula em 2007, antes de se entregar de alma e coração à nefasta “invenção” AMP. O que se pergunta é se Ramos Horta saberá para que servem as eleições. É que em 2007 demonstrou exactamente o contrário e agiu de acordo com o que já anteriormente era frequente ouvirmos: que “estava em conluio com Gusmão na troca de cadeiras e que se ocupasse a cadeira da presidência da república permitiria a Xanana Gusmão que fosse primeiro-ministro”. Era uma questão de engenharias político partidárias. Portanto, o que podemos de tudo isto compreender é que Ramos Horta pouca importância dá a resultados eleitorais se não forem salvaguardados por expressivas maiorias absolutas (em que nada pode fazer com seus engenhos). Prefere então governos “mantas de retalho”, caldeiradas. Temos vindo a assistir ao desastre que tem resultado do seu conluio com Xanana Gusmão e demais apaniguados. O prejuízo para Timor Leste não podia ter sido muito pior, mas parece que disso já ninguém se recorda e ninguém o responsabiliza pelo desastre AMP no que lhe cabe, ao ter empossado os assaltantes dos cofres de estado que sabemos. Aliás, ninguém parece na disposição de responsabilizar Horta pelas diversas ilegalidades que tem cometido. Vantagens de impunidades que na esfera timorense parecem pertencerem aos “salvadores da pátria”, ditos isso, que até se têm revelado mais coveiros do que outra coisa. Questões de pechisbeque mal observado que se confundem com metal precioso.
Mas da notícia da Lusa e de outras declarações de Mari Alkatiri ficámos a saber que a FRETILIN não quer constituir agora governo e que aceita eleições antecipadas em meados do ano que vem. Quererá isto significar que a FRETILIN está de acordo com a continuidade deste governo de Xanana Gusmão até a essas eleições? Ou que deve ser demitido, nomeado-remodelado, e assumir o estatuto de governo de gestão? Estamos sem saber. Nem sabemos se os jornalistas lusófonos em Timor Leste estarão pelos ajustes de saciar a falta de conhecimentos aos interessados por Timor Leste e pelos timorenses, que se encontram a milhares de quilómetros do país. Incluindo timorenses espalhados pela Europa, por África e pelas Américas.
LUSA E RTP EM TIMOR LESTE
Estas lacunas da imprensa escrita lusófona deslocada em Timor Leste, da Lusa, fazem recordar o péssimo trabalho da RTP ali radicada. Dá para nos apercebermos disso quando a SIC faz deslocar esporadicamente uma equipa a Timor e traz trabalhos com qualidade que vimos agradados, revelando a nódoa que representam os trabalhos da RTP residente em Timor Leste, algo dispendioso e quase inútil que anda por lá atrás do politicamente correto ou de algo até mais complicado que nos transcende. Que tem custos elevados é um facto. Também, pelo que sabe, com custos ainda mais elevados mantém-se em Díli um delegado da RTP na TVTL. Um português sortudo que passa a vida em Bali, que não se compreende o que faz de apropriado para estar em Díli e que custa aos contribuintes portugueses cerca de 10 mil dólares americanos ou mais por mês. Tanto quanto é revelado por telespectadores timorenses a programação que aquele zelador da RTP consegue levar à antena timorense é um verdadeiro desastre e completamente inapropriada se tomarmos por bitola a programação brasileira que a Globo ofertou à televisão timorense.
RAMOS HORTA NÃO ESTÁ A DAR PONTO SEM NÓ
Deixando para trás o triste “fair diver” RTP e Lusa em Timor Leste, retomando a especulação abandonada mais atrás, não nos podemos esquecer que Ramos Horta é um indefecto manipulador com défices de honestidade que até Ali Alatas se dizia em palpos de aranha com ele – e Alatas era um esmerado diplomata, o mesmo é dizer: cínico.
Ao contrário do que se possa imaginar, Ramos Horta quer mudar de cadeira. Prefere segurar as rédeas do poder governativo, convencido que está que fará melhor que qualquer outro por Timor e pelos timorenses (!) Desse modo, dar-lhe-ia bastante vantagem que a FRETILIN fosse agora governar, ou por outra, enlear-se nas armadilhas que Xanana Gusmão vai deixar por todos os ministérios do seu corrupto e péssimo governo. Evidentemente que em 2012 a FRETILIN estaria desgastada e a arcar com culpas que não lhe pertencem mas que herdaria do governo Xanana. Diz e com sabedoria Mari Alkatiri que “pelo menos, vão ser precisos dois anos só para corrigir os erros cometidos pelo Governo de facto, liderado por Xanana Gusmão”.
Se todas estas especulações deixarem de o ser por pertencerem à realidade, devemos tomar em consideração que a arrogância, cinismo, manipulação e ambição desmedida de Ramos Horta devem ser ponderadas e enfrentadas com contra-medidas democráticas eficientes. Até por uma simples razão: Ramos Horta desde 2005, pelo menos, que não dá ponto sem nó e tem o caminho da sua carreira delineado para atingir o melhor currículo possível sem que se preocupe sobre as suas capacidades e competências para exercer os cargos que tem vindo a exercer e os que ainda ambiciona ocupar, o que faz dele um timorense politicamente perigoso – como se viu em 2006 com o golpe de estado.
Apesar de a FRETILIN demonstrar que pretende contribuir para a recuperação dos timorenses e do país de modo a que se cumpra a independência e a democracia, não deve facilitar a vida aos que em 2006 derrubaram ilegalmente um governo legitimo - Ramos Horta está incluído nos que deram esse contributo, independentemente do cinismo com que desminta. O mesmo acontece com outros, inclindo Mário Carrascalão.
Devem ser eles a governar (não a governar-se) até ao fim. A demonstrarem as suas incompetências e desonestidades sob a malha apertada de um governo de gestão submetido a rigorosas medidas controle, de investigação e legalidade com consequentes acções judiciais se houver que o fazer. Esse será um dos melhores modos de reabilitar e credibilizar o sector da justiça e do estado. A não ser que haja quem tema Gusmão ou eventuais instabilidades sociais e golpes de estado que possa vir a procurar pôr em prática. Quer parecer que as razões de muitos silêncios se devem a tais temores, mas… Os timorenses merecem e podem ser e vir a ter um país, um governo e políticos honestos. Basta querer e lutar, como antes.
Depois de tudo que aconteceu nestas duas últimas semanas, do que é noticiado e do que se especula, não nos admiremos se continuar tudo na mesma e os salteadores dos bens públicos de Timor Leste continuarem a governar-se sob o pretexto de serem governantes.
Mário Carrascalão gerou crise no governo de Xanana ao denunciar de forma categórica a corrupção de cuja existência sabia há imenso tempo, mesmo assim, esqueceu os apontamentos e não fez até agora a denuncia como devia, caso a caso, nome a nome – os que conhece. Não fosse o desentendimento com Xanana Gusmão e tudo continuaria na mesma. Aliás, será que não vai continuar tudo na mesma?
HORTA SONDOU A FRETILIN PARA SER GOVERNO?
Em notícia de hoje, veiculada pela Lusa, sabemos que a FRETILIN não está disponível nesta legislatura para formar governo, declarou-o Mari Alkatiri, secretário-geral do histórico partido timorense.
Alkatiri adiantou que já tinha transmitido ao “presidente da república que não estamos dispostos a formar governo por dois anos, até porque, pelo menos, vão ser precisos dois anos só para corrigir os erros cometidos pelo governo de facto, liderado por Xanana Gusmão”, disse. Alkatiri salientou ainda que a FRETILIN “defende a estabilidade e por isso não vai querer aproveitar a atual crise política, criada pela demissão do vice-primeiro ministro Mário Carrascalão, para chegar ao poder”.
Ficamos sem saber se acaso o secretário-geral da FRETILIN foi sondado pelo presidente Ramos Horta sobre a possibilidade de aceitar formar um governo de iniciativa presidencial e como é que seria constituído esse governo. Se acaso Ramos Horta continuava com a sua eterna vontade de ser o mentor de um governo de salvação nacional, como ele tanto gosta de dizer, ou de unidade nacional. O que vai dar no mesmo.
Certo é que sem razões, sem uma auscultação ou qualquer outra iniciativa de contacto por parte do PR Horta, Alkatiri não surgiria com estas declarações aparentemente desgarradas. Mas isso a Lusa não explica, nem sabemos se tentou saber as razões das declarações aparentemente em seco de Alkatiri e da respectiva posição da FRETILIN.
Haverá os que não considerem importante porque motivo surgem estas declarações. Interpretando-as como uma espontaneidade de Alkatiri após o contacto de jornalistas mas certamente que não será só isso.
MANTAS DE RETALHO E PECHISBEQUE
Especulando, até melhores conhecimentos, podemos e devemos considerar que Ramos Horta começou a sondar a FRETILIN já há algum tempo sobre a possibilidade deste governo de Xanana Gusmão cair. Devemos mesmo admitir que deve ter acreditado na possibilidade de constituir um governo “manta de retalhos” em que coubessem quase todos os partidos políticos timorenses. Horta até declarou que tentou exactamente essa fórmula em 2007, antes de se entregar de alma e coração à nefasta “invenção” AMP. O que se pergunta é se Ramos Horta saberá para que servem as eleições. É que em 2007 demonstrou exactamente o contrário e agiu de acordo com o que já anteriormente era frequente ouvirmos: que “estava em conluio com Gusmão na troca de cadeiras e que se ocupasse a cadeira da presidência da república permitiria a Xanana Gusmão que fosse primeiro-ministro”. Era uma questão de engenharias político partidárias. Portanto, o que podemos de tudo isto compreender é que Ramos Horta pouca importância dá a resultados eleitorais se não forem salvaguardados por expressivas maiorias absolutas (em que nada pode fazer com seus engenhos). Prefere então governos “mantas de retalho”, caldeiradas. Temos vindo a assistir ao desastre que tem resultado do seu conluio com Xanana Gusmão e demais apaniguados. O prejuízo para Timor Leste não podia ter sido muito pior, mas parece que disso já ninguém se recorda e ninguém o responsabiliza pelo desastre AMP no que lhe cabe, ao ter empossado os assaltantes dos cofres de estado que sabemos. Aliás, ninguém parece na disposição de responsabilizar Horta pelas diversas ilegalidades que tem cometido. Vantagens de impunidades que na esfera timorense parecem pertencerem aos “salvadores da pátria”, ditos isso, que até se têm revelado mais coveiros do que outra coisa. Questões de pechisbeque mal observado que se confundem com metal precioso.
Mas da notícia da Lusa e de outras declarações de Mari Alkatiri ficámos a saber que a FRETILIN não quer constituir agora governo e que aceita eleições antecipadas em meados do ano que vem. Quererá isto significar que a FRETILIN está de acordo com a continuidade deste governo de Xanana Gusmão até a essas eleições? Ou que deve ser demitido, nomeado-remodelado, e assumir o estatuto de governo de gestão? Estamos sem saber. Nem sabemos se os jornalistas lusófonos em Timor Leste estarão pelos ajustes de saciar a falta de conhecimentos aos interessados por Timor Leste e pelos timorenses, que se encontram a milhares de quilómetros do país. Incluindo timorenses espalhados pela Europa, por África e pelas Américas.
LUSA E RTP EM TIMOR LESTE
Estas lacunas da imprensa escrita lusófona deslocada em Timor Leste, da Lusa, fazem recordar o péssimo trabalho da RTP ali radicada. Dá para nos apercebermos disso quando a SIC faz deslocar esporadicamente uma equipa a Timor e traz trabalhos com qualidade que vimos agradados, revelando a nódoa que representam os trabalhos da RTP residente em Timor Leste, algo dispendioso e quase inútil que anda por lá atrás do politicamente correto ou de algo até mais complicado que nos transcende. Que tem custos elevados é um facto. Também, pelo que sabe, com custos ainda mais elevados mantém-se em Díli um delegado da RTP na TVTL. Um português sortudo que passa a vida em Bali, que não se compreende o que faz de apropriado para estar em Díli e que custa aos contribuintes portugueses cerca de 10 mil dólares americanos ou mais por mês. Tanto quanto é revelado por telespectadores timorenses a programação que aquele zelador da RTP consegue levar à antena timorense é um verdadeiro desastre e completamente inapropriada se tomarmos por bitola a programação brasileira que a Globo ofertou à televisão timorense.
RAMOS HORTA NÃO ESTÁ A DAR PONTO SEM NÓ
Deixando para trás o triste “fair diver” RTP e Lusa em Timor Leste, retomando a especulação abandonada mais atrás, não nos podemos esquecer que Ramos Horta é um indefecto manipulador com défices de honestidade que até Ali Alatas se dizia em palpos de aranha com ele – e Alatas era um esmerado diplomata, o mesmo é dizer: cínico.
Ao contrário do que se possa imaginar, Ramos Horta quer mudar de cadeira. Prefere segurar as rédeas do poder governativo, convencido que está que fará melhor que qualquer outro por Timor e pelos timorenses (!) Desse modo, dar-lhe-ia bastante vantagem que a FRETILIN fosse agora governar, ou por outra, enlear-se nas armadilhas que Xanana Gusmão vai deixar por todos os ministérios do seu corrupto e péssimo governo. Evidentemente que em 2012 a FRETILIN estaria desgastada e a arcar com culpas que não lhe pertencem mas que herdaria do governo Xanana. Diz e com sabedoria Mari Alkatiri que “pelo menos, vão ser precisos dois anos só para corrigir os erros cometidos pelo Governo de facto, liderado por Xanana Gusmão”.
Se todas estas especulações deixarem de o ser por pertencerem à realidade, devemos tomar em consideração que a arrogância, cinismo, manipulação e ambição desmedida de Ramos Horta devem ser ponderadas e enfrentadas com contra-medidas democráticas eficientes. Até por uma simples razão: Ramos Horta desde 2005, pelo menos, que não dá ponto sem nó e tem o caminho da sua carreira delineado para atingir o melhor currículo possível sem que se preocupe sobre as suas capacidades e competências para exercer os cargos que tem vindo a exercer e os que ainda ambiciona ocupar, o que faz dele um timorense politicamente perigoso – como se viu em 2006 com o golpe de estado.
Apesar de a FRETILIN demonstrar que pretende contribuir para a recuperação dos timorenses e do país de modo a que se cumpra a independência e a democracia, não deve facilitar a vida aos que em 2006 derrubaram ilegalmente um governo legitimo - Ramos Horta está incluído nos que deram esse contributo, independentemente do cinismo com que desminta. O mesmo acontece com outros, inclindo Mário Carrascalão.
Devem ser eles a governar (não a governar-se) até ao fim. A demonstrarem as suas incompetências e desonestidades sob a malha apertada de um governo de gestão submetido a rigorosas medidas controle, de investigação e legalidade com consequentes acções judiciais se houver que o fazer. Esse será um dos melhores modos de reabilitar e credibilizar o sector da justiça e do estado. A não ser que haja quem tema Gusmão ou eventuais instabilidades sociais e golpes de estado que possa vir a procurar pôr em prática. Quer parecer que as razões de muitos silêncios se devem a tais temores, mas… Os timorenses merecem e podem ser e vir a ter um país, um governo e políticos honestos. Basta querer e lutar, como antes.
Depois de tudo que aconteceu nestas duas últimas semanas, do que é noticiado e do que se especula, não nos admiremos se continuar tudo na mesma e os salteadores dos bens públicos de Timor Leste continuarem a governar-se sob o pretexto de serem governantes.
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