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L-7: LABELE FO KULPA BA MEDIA

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Cornelio Gama ‘L-7’ alerta katak, labele impede servisu media nian no labele fo kulpa ba Media sira tanba media sira hakerek ne’e fontes mak koalia.

“Lahatene fo dadauk ne’e Parlamentu hatete surat ida dehan Jornal ou media mak halo sala, ha’u dehan nusa mak media hakerek tiha fontes iha neba, kasete mos iha tanba sa media mak sala,”preokupa L-7 ba Jornalista sira, iha Bidau Mota klaran,Tersa (30/06), hodi hatan iha ona resposta ba karta petisaun ba Prezidente Repúblika, Parlamentu Nasional, Governu no Tribunal ne’e nia progresu.

Nia hatutan ameasa hanesan ne’e kontra lei liberdade demokrasia, ameasa kontra RDTL, dehan lori labarik kiik iha manifestasaun ne’e labarik sira lakohi iha korupsaun, Injustisa sira iha dereitu ne’e mak partsipa iha manifestasaun.

Kontinua manda karta ba Prezidente Republika, Parlamentu Nasional, Governu no Tribunal, L-7 esplika, konteudu husi Karta maka hanesan ,Injustisa, Korupsaun, Desfamasaun,kontra lei artigu 43, kontra artigu konselu libertasaun nasional,tanba ne’e sei hein respostas husi Xefe Estadu,Governo Tribunal, Parlamentu Nasional.

“To’o agora seidauk iha resposta, laiha resposta ne’e mak sira komesa halo asaun bebeik ne’e,”hatete L-7.

Antes ne’e L-7 hatete, respostas husi Xefe Estadu, Tribunal, Governu, sei lê sai ba publiku bele hatene respostas kada orgaun soberanu nian, maibe to agora laiha resposta husi orgaun hat.

Karta petisuan L-7 hato’o relasiona antes ne’e realiza Manifestasaun nebe mak halo deit komferensia empremsa foin lalais no manda karta ba orgaun soberanio hanesan Tribunal, Prezidente Republika, Parlamentu Nasional, Governu hodi fo respostas husi Karta.

Objetivu husi manifestasaun atu hadia fallansu no problema ne’ebe maka mosu iha ukun rasik an, hanesan konflitus, korupsaun, injustisa, tanba buat sira ne’e hotu maka lahadia futuru nasaun nian sei sai oinsa los.

Tanba ne’e, L-7 preokupa karta petisaun ne’e, seidauk iha resposta husi orgaun hat ne’e. Eus

Jornal Nacional

SISMO DE MAGNITUDE 6 SACUDIU REGIÃO CENTRAL DAS FILIPINAS

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Um sismo de magnitude 6 na escala de Richter sacudiu ontem a região central das Filipinas, sem que haja, até ao momento, registo de vítimas ou danos materiais.

O hipocentro do abalo foi localizado a 49 quilómetros de profundidade no mar, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitoriza a atividade sísmica mundial.

A localidade mais próxima é Santa Mónica, na ilha de Siargao, situada a 18 quilómetros, seguida de Surigao, no nordeste da ilha de Mindanao, no sul do arquipélago, a 64 quilómetros de distância.

O serviço sismológico filipino (Philvolcs) elevou a potência do terramoto para 6,1 e localizou o epicentro a uma profundidade de 30 quilómetros.

O Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico não emitiu qualquer alerta.

As Filipinas assentam sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico", uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica, sacudida por cerca de 7.000 terramotos por ano, a maioria moderados.

Notícias Ao Minuto com Lusa

SOBE PARA 185 NÚMERO DE CASOS DE CORONAVÍRUS NA COREIA DO SUL

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As autoridades da Coreia do Sul elevaram hoje para 185 o número de casos da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS), depois de um médico ter testado positivo ao novo coronavírus.

O médico trabalhava no centro médico Samsung, em Seul, onde quase metade dos casos de contágio pelo novo coronavírus foram detetados, informou o Ministério da Saúde.

Dos 185 casos de MERS sinalizados na Coreia do Sul, 33 revelaram-se mortais.

Na sexta-feira, uma enfermeira da mesma unidade hospitalar também foi diagnosticada com MERS, elevando para 13 o número de funcionários atingidos pelo novo coronavírus, segundo agência Yonhap.

O primeiro caso de MERS na Coreia do Sul foi detetado em 20 de maio último.

As autoridades mostraram-se, porém, otimistas, já que não é reportada nenhuma morte há quatro dias e o número de novos casos tem vindo a abrandar, sinais de que o surto se encontra, de certo modo, sob controlo.

Das 185 pessoas diagnosticadas com MERS, 111 recuperaram totalmente, enquanto 41 continuam hospitalizadas, segundo dados atualizados hoje pelo Ministério da Saúde da Coreia do Sul.

A Coreia do Sul figura, depois da Arábia Saudita, como o segundo país com maior número de casos de MERS.

A MERS é considerada um 'primo', mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

Notícias Ao Minuto com Lusa

Japão 'pisca o olho à influência regional com ajuda de 5.400 ME aos "cinco" do Mekong

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Tóquio, 04 jul (Lusa) -- O Japão prometeu hoje 6,1 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros) em ajuda financeira aos "cinco" países do Mekong, procurando expandir a sua influência na região para fazer face ao crescente poder da China.

O anúncio foi feito hoje pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante a sétima cimeira Japão-Mekong, em Tóquio, que juntou os líderes do Camboja, Laos, Birmânia, Tailândia e Vietname.

"O Japão vai aplicar cerca de 750 mil milhões de ienes (6,1 milhões de dólares ou 5,4 mil milhões de euros)" em assistência oficial ao desenvolvimento nos próximos três anos", disse Abe, em conferência de imprensa após a cimeira anual.

"A região do Mekong, que tem uma ampla procura por infraestruturas, é um das nossas mais importantes áreas", especificou.

O primeiro-ministro japonês detalhou que o Japão pretende contribuir para o desenvolvimento de infraestruturas "tanto em qualidade como em quantidade".

"A região do Mekong e o Japão são parceiros que vão desenvolver-se juntos", enfatizou.

Não ficou claro se o compromisso em causa inclui a assistência financeira prometida anteriormente por Tóquio ou se diz respeito inteiramente a fundos recentemente alocados.

Shinzo Abe tem envidado esforços para 'vender' autoestradas, sistemas ferroviários e centrais de energia em todo o mundo, elemento-chave na sua tentativa de impulsionar a economia e fortalecer a posição do Japão no estrangeiro.

O crescente músculo financeiro da China, bem como a sua cada vez maior disponibilidade para lançar o peso diplomático à sua volta, têm levado o Japão a intensificar os esforços e a envolver-se na "batalha" pela influência regional.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou, em novembro, numa cimeira na Birmânia, que a parceria estratégica de Pequim com a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) estava a entrar numa "década de diamante conduzindo a uma cooperação mais abrangente e profunda".

Mais tarde, em março, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse que a China esperava impulsionar o comércio com o bloco das dez nações para 500 mil milhões de dólares este ano e para um bilião (milhar de milhão) em 2020.

O Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), a primeira instituição financeira internacional proposta pela China, veio colocar a fasquia ainda mais alta, já que rivaliza com o Banco Asiático de Desenvolvimento, apoiado por Tóquio.

Das grandes economias mundiais, apenas o Japão e os Estados Unidos ficaram de fora do BAII.

DM // MSF

BOLSA CHINESA PERDE 10 VEZES O PIB DA GRÉCIA EM APENAS 3 SEMANAS

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Xangai, 03 jul (Lusa) - O mercado acionista chinês sofreu uma violenta desvalorização nas últimas três semanas, com o principal índice do país, o Xangai Composite, a recuar quase 30%, correspondentes a perdas superiores a 2 biliões de euros, dez vezes o PIB da Grécia.

Esta queda abrupta segue-se a um período de forte crescimento do valor das ações das cotadas chinesas, que tinham avançado desde o início do ano mais de 54% até aos máximos de 12 de junho, quando o Xangai Composite tocou nos 5.166,35 pontos.

Isto significa que, apesar da vincada descida das últimas três semanas, o índice de referência chinês continua a acumular ganhos em 2015 (na ordem dos 10%).

O recente desempenho negativo do Xangai Composite está fazer soar os alarmes entre os investidores de todo o mundo, que têm estado com as atenções voltadas para a situação de impasse que se vive na Grécia, e os especialistas já avisaram que a derrocada da bolsa chinesa vai ter um impacto muito superior a nível global quando comparada com a situação grega, seja qual for o desfecho da mesma.

"O que acontece na China vai ter consequências muito mais abrangentes do que aquilo que possa acontecer na Grécia ao longo das próximas semanas ou meses", comentou à agência Bloomberg Frederic Neumann, que lidera o departamento de estudos económicos da Ásia no HSBC Holdings em Hong Kong.

O responsável alertou que "com os mercados acionistas chineses a perderem a sua vitalidade, o risco é que a procura [o consumo] bata no fundo na China. Isso mandaria ao tapete um dos motores essenciais da economia mundial na última década".

Ainda assim, Frederic Neumann realçou que "como os desenvolvimentos dramáticos na Grécia parecem demonstrar, em última análise, é difícil prever que tal seja decisivo para a economia mundial".

Esta opinião é partilhada por vários economistas chineses consultados pela Bloomberg, que consideram difícil estabelecer um paralelo entre o 'sobe e desce' da bolsa e a economia real chinesa.

Com a crescente abertura das fronteiras da China ao capital estrangeiro, o desempenho das ações chinesas têm cada vez mais impacto nos investidores desde Londres a Nova Iorque e Tóquio. Mas essas repercussões estão numa linha de horizonte temporal muito mais afastada do que as preocupações imediatas com a Grécia, referem os especialistas.

No fim-de-semana passado, o banco central chinês cortou as taxas de juro de referência no país, tentando travar a onda negativa no mercado de capitais através da libertação de liquidez para as instituições financeiras.

Contudo, apesar de uma reação inicial positiva, tal foi sol de pouca dura e as perdas na bolsa continuaram a acumular-se.

Só nos últimos dias, o Xangai Composite registou uma queda de 10%, mesmo depois de o regulador do mercado chinês ter mexido nas regras relativas à alavancagem destinada à compra de títulos, de forma a facilitar os empréstimos aos investidores e reduzido as exigências em termos dos colaterais exigidos aos bancos comerciais para desenvolverem este tipo de operações.

O governo chinês encorajou ainda os fundos de pensões estatais a investir em ações, de forma a contrabalançar a pressão vendedora atualmente reinante, com muitos investidores que tinham adquirido títulos através de crédito a terem que assumir perdas e a desfazerem-se das suas posições.

Hoje, o Financial Times escreveu que estes esforços de Pequim não estão a ser eficazes, salientando mesmo que "por uma vez, o governo chinês parece impotente" para controlar a derrocada do mercado de capitais.

O The Economist também se debruçou hoje sobre a forte descida da bolsa chinesa, considerando que estas alterações não só não produziram os efeitos pretendidos, como acabaram por passar um sinal de desespero que acabou por assustar ainda mais os investidores.

A capitalização do mercado acionista chinês (ao nível do 'free float', isto é, das ações livres para negociação em bolsa) corresponde a apenas 40% do Produto Interno Bruto (PIB) da China. quando na maioria das economias desenvolvidas este valor ultrapassa os 100% do PIB.

DN/JOYP // VC

ONU pede reforço da segurança fronteiriça na crise de imigração no sudeste asiático

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Banguecoque, 03 jul (Lusa) - O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) sublinhou hoje a necessidade de reforçar a segurança fronteiriça, no sudeste asiático, para impedir o tráfico de pessoas.

A posição do ACNUR está em sintonia com as conclusões da reunião ministerial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, sigla em inglês), que decorreu na quinta-feira em Kuala Lumpur.

"A segurança fronteiriça deve ser reforçada e temos que garantir às vítimas uma assistência rápida, proteção e alternativas a pedidos de asilo, especialmente para as crianças", afirmou em comunicado o representanto do ACNUR para o Sudeste Asiático, James Lynch.

Mais de 4.800 pessoas desembarcaram no Bangladesh, Birmânia (Myanmar), Indonésia, Malásia e Tailândia até ao momento, desconhecendo-se o paradeiro de centenas, de acordo com dados da ONU.

A reunião ministerial da ASEAN criou um fundo para dar assistência às vítimas e concordou em partilhar informação, reforçar as respetivas legislações e dotar os corpos de segurança com melhores meios para perseguir redes de tráfico de pessoas, mas sem anunciar medidas concretas.

Esta reunião da organização sobre a deliquência transnacional relacionada com o movimento irregular de pessoas no sudeste asiático é a última de uma série de encontros regionais para responder à crise de imigrantes, que começou em maio, com a chegada às costas indonésias, malaias e tailandesas de barcos com milhares de migrantes indocumentados.

A ASEAN integra a Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

EJ // APN

REI TUPOU VI COROADO EM TONGA APÓS UMA SEMANA DE FESTEJOS E RITUAIS

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Sydney, Austrália, 04 jul (Lusa) -- O rei Tupou VI foi coroado hoje em Tonga, depois de uma semana de festejos e rituais, numa cerimónia realizada em Naku'alofa, a capital, assistida por milhares de pessoas, incluindo representantes de países de todo o mundo.

A cerimónia teve lugar na igreja de Saione, onde o sacerdote metodista australiano D'Arcy Wood, de 78 anos, colocou a coroa sobre o novo rei daquele país insular do Pacífico Sul.

Tupou VI, um diplomata de 55 anos, sucede ao trono ao seu irmão mais velho.

Segundo a televisão neozelandesa, destacavam-se entre os convidados nomeadamente os príncipes do Japão (Naruito e Masako) e Marie-Therese von Hohenberg e o príncipe Georg von Habsburg.

Tonga é um arquipélago de apenas 178 quilómetros quadrados, com uma população estimada em 119 mil habitantes distribuída por mais de uma centena de ilhas, que detém a última monarquia do Pacífico Sul.

DM // DM.

Macau aprova salário mínimo para trabalhadores da segurança e limpeza de prédios de habitação

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Macau, China, 03 jul (Lusa) - A Assembleia Legislativa (AL) de Macau aprovou hoje a introdução do salário mínimo, ainda que só para os trabalhadores da segurança e limpeza dos edifícios de habitação.

Este diploma, descrito como 'piloto', por anteceder o alargamento do salário mínimo a toda a sociedade daqui a três anos, revelou-se hoje ainda mais restrito, com os deputados a notarem uma alteração ao texto que cingiu a medida apenas aos funcionários de prédios de habitação, excluindo os comerciais.

A mudança, que surge na versão final da proposta, suscitou tal volume de perguntas por parte dos deputados que obrigou a um intervalo para reunião dos membros do Governo.

No final, Cheang Chi Keong, o presidente da comissão que analisou a proposta na especialidade, confirmou: "A intenção do Governo é definir um salário mínimo para os trabalhadores que prestem serviços em edifícios habitacionais e não prédios de outras finalidades".

Durante o debate na AL, os deputados levantaram também questões acerca dos valores - 30 patacas por hora (3,3 euros), 240 por dia (27 euros) ou 6.240 por mês (704 euros).

As dúvidas prenderam-se com o facto de, por exemplo, o salário mensal não incluir o pagamento dos quatro dias de descanso. Para o deputado Au Kam San, tal disposição põe em causa a lei das relações de trabalho.

Um representante da Direção dos Serviços de Assuntos Laborais (DSAL) defendeu que não se deve fazer "uma relação" entre os três tipos de remunerações porque são "incomparáveis", sendo que "o essencial é ponderar se o âmbito de proteção é igual para esses tipos de trabalhadores".

Por seu lado, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, explicou que esta foi a fórmula aplicada para definir a remuneração dos trabalhadores que exercem estas funções no sector público: "Se calcularmos [a remuneração mensal] com 30 patacas por hora, o salário seria de 7.200 patacas (812 euros). Se adotássemos este método, estaríamos a destruir um mecanismo em vigor que é viável e esta a funcionar bem".

Por fim, o Governo voltou a garantir que o alargamento do salário mínimo a todos os sectores profissionais deve entrar em vigor em 2018.

Segundo Wong Chi Hong, diretor da DSAL, os trabalhos preparatórios para esse projeto vão começar já este ano, sendo entregue, em 2016, uma versão ao Conselho Permanente de Concertação Social, seguida de consulta pública.

"No primeiro trimestre de 2017 entramos no processo legislativo, no segundo trimestre apresentamos a proposta à AL", disse.

"Este é um projeto-piloto, dentro de três anos vai ser universalizado para todos os trabalhadores", sublinhou.

O salário mínimo para os trabalhadores de limpeza e segurança entra em vigor a 01 de janeiro de 2016.

ISG//JMR

Parceiros sociais discutem leis laborais, incluindo criação de licença de paternidade em Macau

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Macau, China, 03 jul (Lusa) -- Os parceiros sociais de Macau defenderam hoje uma "revisão global" da Lei das Relações Laborais no Conselho Permanente de Concertação Social, em que se debateu o prolongamento da licença de maternidade e criação da licença de paternidade.

Atualmente, a lei permite apenas que os pais possam ter dois dias de faltas justificadas depois do nascimento dos filhos. Já as mães gozam de uma licença de 56 dias desde 2009 no setor privado e de 90 dias no caso das trabalhadoras da função pública, uma regalia que entidades como a Associação Geral das Mulheres e Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) defendem para todas as trabalhadoras de Macau, segundo a imprensa local.

O atual governo, em funções desde dezembro, avançou com uma proposta de licença de paternidade entre três e cinco dias úteis sem perda de salário para os pais e de 56 dias remunerados para as mães, com a possibilidade de prolongamento por 14 dias de faltas justificadas não remuneradas.

Em declarações à margem da reunião de hoje, Wong Chi Hong, diretor dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAl), defendeu a proposta "atendendo à realidade de Macau e das regiões vizinhas", citando o caso de Hong Kong em que a licença de maternidade é de dez semanas.

Para a Federação das Associações dos Operários, as licenças de maternidade e paternidade são matérias prioritárias na revisão da legislação.

Já a parte patronal, representada na reunião pelo vice-presidente da Associação Comercial de Macau, Vong Kok Seng, disse ainda não ter apresentado uma opinião escrita sobre estas questões. "Estamos em fase de discussão e de análise, e vamos auscultar as nossas associações", afirmou.

Por outro lado, Vong Kok Seng disse que os empregadores "concordam em termos gerais" com a proposta do governo, mas que entendem que "a Lei das Relações Laborais deve revista globalmente, em especial no que diz respeito à possibilidade de conciliação entre os trabalhadores e o empregador".

"O setor que predomina em Macau é o setor dos serviços e (...) com regras rígidas não se conseguirá atingir bons resultados. É necessário haver uma conciliação e garantir a operacionalidade para a própria lei", disse, pedindo "mais flexibilidade nas relações de trabalho".

"Estamos numa economia que exige muita flexibilidade na operação dos serviços, não queremos uma lei que limite muito a forma como os serviços são prestados", argumentou Vong Kok Seng.

O empresário apontou, por exemplo, que "trabalhar cinco horas e ter um descanso de 30 minutos limita muito a prestação de um bom serviço" e considerou que "há serviços que não permitem" essas restrições, nomeadamente na saúde e transportes.

"Uma lei que possa satisfazer diferentes setores, em particular os serviços, tem de ser flexível. Até que ponto? Negociação livre e estabelecimento de condições de trabalho entre empregador e trabalhador", afirmou.

Já da parte do governo, o diretor dos Serviços para os Assuntos Laborais, referiu "o objetivo, em primeiro lugar, de garantir as regalias dos trabalhadores".

Wong Chi Hong apontou ainda que no âmbito da revisão da lei o governo defende que pelo menos três dos feriados obrigatórios a que os trabalhadores têm direito possam ser gozados em dias de feriados não obrigatórios, uma matéria que, alegou, gera opiniões divergentes entre as entidades patronal e laboral.

Outro ponto da ordem do dia do Conselho Permanente de Concertação Social foi a revisão da Lei da contratação de trabalhadores não residentes.

Na reunião de hoje os parceiros analisaram ainda as alterações ao "Regulamento de Higiene e Segurança no Trabalho da Construção Civil" e respetivo regime sancionatório, e em particular as "Regras de gestão do pessoal de estaleiros de construção civil em obras de empreitada ou de locais onde se realizam obras".

FV (ISG) // APN

PORTUGAL E TIMOR-LESTE NEGOCEIAM NOVO PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO NA JUSTIÇA

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Lisboa, 03 jul (Lusa) - Portugal e Timor-Leste estão a negociar um novo protocolo para a cooperação judicial, que incluirá "renovados pressupostos" para garantir que a expulsão de magistrados portugueses "não volte a repetir-se", disse o ministro Rui Machete.

"A Justiça é importante no quadro da relação entre os dois países e o nosso esforço vai no sentido de, em conjunto, retomarmos a cooperação na área da Justiça, que terá necessariamente de assentar em renovados pressupostos, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete.

"Situações como as que aconteceram em 2014 não poderão naturalmente repetir-se e certamente não se repetirão, e isso será protocolado num documento-acordo em preparação entre os ministérios da Justiça de Portugal e de Timor-Leste", acrescentou o governante na conferência de imprensa que encerrou uma reunião de trabalho com o seu homólogo timorense, Hernâni Coelho.

Questionado pela Lusa sobre o que vai realmente mudar no novo protocolo, o ministro timorense explicou que "a principal questão será o papel dos juízes que participarão na cooperação em Timor-Leste, o âmbito da cooperação, que tipo de papel iriam fazer, essa é a parte mais fundamental da revisão deste acordo".

O novo protocolo deverá estar pronto nas próximas semanas, disse uma fonte diplomática à Lusa, precisando que "nas próximas semanas serão acertados os termos do acordo, depois há procedimentos a seguir antes da assinatura".

O Governo de Timor-Leste ordenou em novembro do ano passado aos serviços de migração a expulsão dos funcionários judiciais internacionais em 48 horas, incluindo cinco juízes, um procurador e um oficial da PSP de nacionalidade portuguesa.

No dia 24 de outubro, o parlamento, "invocando motivos de força maior e a necessidade de proteger de forma intransigente o interesse nacional", aprovou uma resolução que suspende os contratos com funcionários judiciais internacionais -- cerca de 50, a maior parte portugueses.

A decisão do Parlamento levantou na altura várias críticas de organizações não-governamentais e advogados, exigindo o respeito pela separação de poderes.

Após a resolução parlamentar, o Governo timorense enviou cartas ao Presidente e ao primeiro-ministro de Portugal a explicar que esta situação "não está relacionada com as relações existentes entre os dois países, nem com o tipo de cooperaçApós a resolução parlamentar, o Governo timorense já enviou cartas ao Presidente e ao primeiro-ministro de Portugal a explicar que esta situação "não está relacionada com as relações existentes entre os dois países, nem com o tipo de cooperação que tem existido", afirmou o ministro da Justiça timorense na altura, Dionísio Babo. 

MBA (MSE/PJA) // PJA

Portugál ho Timor-Leste negosia protokolu kooperasaun foun iha Justisa - Machete

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Portugál ho Timor-Leste negosia protokolu foun ba kooperasaun judisiál, ne’ebé sei inklui "presupostu foun" hodi garante katak espulsaun ba majistradu portugés sira "sei la repete tan", tenik ministru Rui Machete.

"Justisa importante iha kuadru relasaun entre nasaun rua no ami nia esforsu maka, hamutuk, retoma kooperasaun iha área Justisa, ne’ebé presiza haree ba presupostu foun, tenik ministru Negósiu Estranjeiru Portugál nian, Rui Machete.

"Situasaun hanesan sira ne’ebé akontese iha tinan 2014 la bele repete tan ona no klaru katak sei la repete tan, no ida ne’e sei protokoladu iha dokumentu-akordu ida iha preparasaun entre ministériu Justisa Portugál no Timor-Leste nian", hatutan governante ne’e iha konferénsia imprensa ne’ebé ensera reuniaun servisu nian ho nia omólogu timoroan, Hernâni Coelho.

Kestiona hosi Lusa kona-ba sá maka sei muda realmente iha protokolu foun, ministru timoroan esplika katak "prinsipál kestaun maka papel juís sira ne’ebé sei partisipa iha kooperasaun iha Timor-Leste, ámbitu kooperasaun, papel sá maka sira sei halo, ne’e maka parte fundamentál liu hosi revizaun ba akordu ne’e".

Protokolu foun ne’e tenki prontu iha semana oin, hatete fonte diplomátika ida ba Lusa, presiza "iha semana oin sei aseita termu akordu ne’e, hafoin ne’e iha prosedimentu tuir mai molok asinatura".

Governu Timor-Leste fó orden iha novembru kotuk ba servisu migrasaun, espulsaun ba funsionáriu judisiál internasionál iha oras 48, inklui juís na’in lima, prokuradór ida no ofisiál PSP portugés na’in ida.

Iha loron 24 outubru, parlamentu, "invoka motivu forsa maior no nesesidade hodi proteje ho forma intransijente interese nasionál", aprova rezolusaun ida ne’ebé suspende kontratu ho funsionáriu judisiál internasionál sira -- besik 50, sira barak ema portugál.

Desizaun Parlamentu nian iha momentu ne’ebá hamosu krítika oi-oin hosi organizasaun la’os-governamentál no advogadu sira hodi eziji respeitu ba separasaun poder.

Hafoin rezolusaun parlamentár, Governu timoroan haruka karta ba Prezidente no ba primeiru-ministru Portugál nian hodi esplika katk situasaun ne’e "la relasiona ho relasaun ne’ebé eziste entre nasaun rua ne’e, nein ho tipu kooperasaun ne’ebé iha to’o oras ne’e", afirma ministru Justisa timoroan iha altura ne’ebá, Dionísio Babo.

SAPO TL ho Lusa

Laiha Provas, MP-DP Husu Absolve Membru PNTL 3 Husi Krime Ameasas

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DILI - Ministeriu Publiku no Defensor Publiku husu ba tribunal atu absolve arguidu Antonio de Araujo, Marsiana do Carmo no Bendito Mariano nudar membru PNTL husi krime ameasa hasoru lezada Ana Paula ho Ines, tanba laiha provas.

Liu husi audensua julgamentu tribunal lee sai akuzasaun husi MP katak arguidu sira atu ba halo uma iha rai neebe mak partensia ba iha lezada Ana Paula ho Ines nian. Iha loron Domingo, 10 de Augostu 2014 depois sai misa iha Lahane Osidental arguidu sira hemu tua ho kondisaun lanu oituan hakat ba rai iha Ainitas hun neebe partensia ba lezada Ines ho Paula nian hodi hasai liafuan at no kroat dehan “imi labele impede ami atu halo uma iha nee, arguidu sira hatudu liman ba vitima hodi ameasa atu tiru bainhira lezada sira impede”.

Hatan ba akuzasaun nee arguidu Bendito hatete, faktus neebe iha nee lalos hotu. Tanba nia parte laiha problema ho lezada sira. Sira hela hanesan vizinu deit, nia alin feto ida mak halo uma besik iha rai neebe lezada sira hela ba. Maibe nia parte la hatene kona ba ida nee, I momentu nee nia iha nia uma. Nia uma ho lezada sira dok malu. Neebe tempu nee nia la lanu hodi ameasa lezada sira.

Liafuan hanesan informa mos husi arguida Marsiana katak, nia mos momentu nee iha uma ho nia oan sira. Neebe nia rasik la hatene problema nee, tanba nia la hakat ba iha lezada sira nia uma oin.

Nunee mos ho arguidu Antonio katak, iha momentu nee nia ba Com, munisipio Lautem nian. Lori hela mina ba polisia maritima sira iha neeba, neeba nia la hatene kona ba problema nee. Nia la hemu no ameasa lezada sira.

Iha parte seluk lezada Ines deklara, arguidu sira iha momentu nee lori besi ba tau iha neeba duni. Arguidu Antonio ho Marsiana hamrik iha neeba hotu maibe la koalia buat ida.

Entertantu lezada Paula deklara katak, momentu nee arguidu sira ba laos ameasa maibe ho liafuan insulta deit. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Sabado (4/7/2015). Domingas Gomes

Suara Timor Lorosae

Banco Mundial suprime passagem crítica de relatório sobre economia da China

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Pequim, 05 jul (Lusa) -- O Banco Mundial suprimiu uma passagem crítica de um relatório sobre a economia da China, recentemente divulgado, afirmando que não tinha sido revista adequadamente.

A instituição, com sede em Washington, publicou na quarta-feira um relatório sobre a economia chinesa, que incluía uma seção em que instava Pequim a acelerar a reforma do setor financeiro. Numa linguagem direta, o Banco Mundial advertia que "três décadas de um desempenho meteórico" podem chegar ao fim, caso a omnipresença do Estado chinês no setor financeiro não seja reduzida.

Neste sentido, recomendou à China que corrigisse nomeadamente "o desperdício de certos investimentos, os casos de sobre-endividamento e um sistema de financiamento opaco fracamente regulado", para que a ampla agenda de reformas seja bem-sucedida.

Contudo, dois dias depois, na sexta-feira, publicou uma correção relativa ao documento, no seu portal, dando conta de que uma parte tinha sido retirada.

"O parágrafo três sobre o setor financeiro, anteriormente incluído neste relatório, foi removido porque não foi submetido aos procedimentos habituais de verificação e validação do Banco Mundial", justificou.

Esta seção também notava que o Estado chinês exerce um forte controlo sobre a maioria dos ativos dos bancos comerciais, "tornando-o uma exceção à luz dos padrões internacionais".

Em alguns casos, realçou o BM, as autoridades eram simultaneamente proprietários, reguladores e clientes de bancos.

"A reforma financeira só vai ser eficaz se remover os incentivos distorcidos e as fracas estruturas governativas que têm afetado a forma como os recursos financeiros são mobilizados e alocados", observou a instituição.

DM // MSF

Funcionário sul-coreano enviado à China encontrado morto após cair de hotel

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Pequim, 05 jul (Lusa) -- Um funcionário enviado por Seul à China para abordar o caso do acidente de autocarro que resultou na morte de dez sul-coreanos, esta semana, foi encontrado morto hoje, após cair do hotel, informaram as autoridades.

A morte do funcionário, identificado como Choi Doo-Yeong, foi confirmada depois de a polícia ter sido alertada de que um homem tinha caído do quarto andar de um hotel da cidade de Jian, no nordeste da China, indicou o departamento de propaganda da cidade, através da sua conta numa rede social.

Desconhece-se as circunstâncias da queda, estando o caso a ser investigado.

Choi Doo-Yeong presidia a um instituto público e tinha partido para a China para tratar de assuntos relacionados com o acidente de autocarro, que transportava mais de duas dezenas de funcionários sul-coreanos, ocorrido na quarta-feira, em Jian.

O acidente vitimou dez sul-coreanos e o condutor chinês do autocarro, segundo dados das agências de notícias dos dois países, a chinesa Xinhua e a sul-coreana Yonhap.

A Xinhua indicou que Choi Doo-Yeong acompanhara Chung Chae-Gun, vice-ministro da Administração Pública e Interior.

As vítimas do acidente viajaram no âmbito de um programa de formação organizado pelo instituto, de acordo com a Yonhap.

"Não se confirmou ainda se Choi saltou ou se caiu", disse fonte governamental à mesma agência.

DM // DM.

Hong Kong importa trabalhadoras domésticas, mas obriga estrangeiras grávidas a deixar o país

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Alexia Eychenne - Le Monde Diplomatique Brasil, Hong Kong

Demitidas ilegalmente durante a gravidez, trabalhadoras de países como Filipinas, Indonésia e Tailândia são intimadas a deixar território; 'famílias não concebem momentos de descanso ou sexualidade como parte da vida delas', diz ativista

É preciso afinar o ouvido para escutar Shenyl, cuja voz encontra dificuldade para se impor no mesmo ambiente que seu filho, Ibrahim, garoto de 3 anos com imensos olhos negros. A jovem filipina, de 31 anos, rosto envolto em um lenço negro, deixou seu vilarejo natal em 2002. Destino: Hong Kong, com um visto de entrada cuja sigla é “FDH” – de Foreign Domestic Helper, ou ajudante doméstica estrangeira. Como ela, mais de 300 mil imigrantes do sul asiático tentam a mesma sorte com a meta de estabelecer uma nova vida: a do trabalho doméstico em casas de família do território. A esmagadora maioria vem de Java, na Indonésia, ou das Filipinas. Durante seis anos, Shenyl trabalhou seis dias por semana na intimidade de lares de famílias de Hong Kong, em uma rotina imutável: cozinhar, lavar roupa, assear e cuidar das crianças dos outros.

No domingo, em Hong Kong, a base dos arranha-céus se transforma em Manila ou Jacarta: nos escassos momentos de descanso, as domésticas se estendem pelos gramados dos parques, acompanhadas por outros imigrantes, em geral homens. Os casais de desenraizados se reúnem pelas vielas arborizadas do Kowloon Park, atrás de uma mesquita branca. Em 2012, Shenyl conheceu um refugiado paquistanês e engravidou. Sua vida se desestabilizou com a chegada de Ibrahim: “Pedi sua certidão de nascimento, mas, ao verificar meu documento de imigração, o funcionário disse que meu visto havia expirado”, relata em uma das pequenas instalações de uma ONG que auxilia domésticas grávidas. Seu patrão acabara de demiti-la, e de forma completamente ilegal: as leis trabalhistas preveem licença-maternidade de dez semanas para as domésticas contratadas há mais de dez meses e proíbe a demissão durante a gravidez. De qualquer forma, ilegal ou não, a ruptura do contrato de trabalho de imigrantes domésticas invalida automaticamente o visto. “Eu tinha duas semanas para voltar para as Filipinas”, suspira Shenyl.

É impossível saber oficialmente quantas mulheres se submeteram a essa injustiça, mas as associações de defesa dos imigrantes calculam que deve ser um volume crescente de trabalhadoras. Kristina Zebua milita pelos direitos das domésticas há mais de dez anos. “Nossa luta começou pelo salário mínimo, o direito ao repouso e a denúncia de violências”, relata essa indonésia sobre o destino dessas mulheres que ela chama de “clientes”. “Depois, em 2006, imigrantes começaram a relatar casos de mulheres grávidas ou que acabavam de dar à luz demitidas e privadas de documentos”, prossegue. Militantes criaram então uma estrutura dedicada apenas a mulheres nessa situação, a PathFinders, que recebe mais de 600 domésticas por ano. “Ainda é uma gota no oceano. Nossas projeções baseadas na média de idade dessas trabalhadoras e nos casos relatados indicam que todo ano milhares delas são afetadas por essa situação. Mas é extremamente difícil chegar a elas”, analisa Zebua.

As indonésias são mais vulneráveis a essas demissões abusivas, analisa Nicole Constable, antropóloga da Universidade de Pittsburgh e autora de um estudo de longo prazo sobre domésticas que se tornam mães: “Elas são mais jovens e menos educadas que as filipinas, que já possuem uma longa história de militância em Hong Kong”, explica. “As indonésias, em geral, não sabem inglês nem chinês e não têm acesso à internet. Esses fatores contribuem para a manutenção da ignorância em relação a seus direitos”, completa Constable. As assistentes sociais também confessam sua impotência para informar e auxiliar outros imigrantes de Mianmar, Bangladesh, Tailândia e Sri-Lanka, novos no fluxo crescente de imigrantes.

A história de Hong Kong com suas domésticas tem quase cinquenta anos. Nos anos 1970, o presidente filipino, Ferdinand Marcos, teve a ideia de enviar jovens camponesas a países vizinhos e prósperos, via agências de trabalho. O benefício seria duplo: queda do desemprego e do subemprego e alta na arrecadação de impostos sobre remessas de divisas. A Indonésia decidiu seguir os mesmos passos dez anos depois, organizando a imigração de jovens mulheres para o Oriente Médio e, depois da crise de 1997, para Hong Kong. Na época, o território avançava em direção ao setor terciário e precisava de mulheres para o trabalho. “Se levadas em consideração a raridade e o custo de soluções para a questão do cuidado com crianças, o trabalho doméstico oferece uma alternativa barata para o cuidado de crianças e pessoas idosas”, explica Albee Chen, assalariada honconguesa da PathFinders. “Sem elas, os casais não poderiam trabalhar”, afirma. Ao longo dos anos, os imigrantes se tornaram um discreto motor de crescimento do qual Hong Kong não pode se privar de uma hora para outra. O Centro Asiático de Imigração calculou a contribuição desse setor para a economia, desde 2006, no valor de 13,8 bilhões de dólares honcongueses (R$ 5,6 bilhões, ou 1% do PIB), tanto em consumo local dessas pessoas como na economia estatal que essa dinâmica permite nos gastos públicos voltados para o cuidado de crianças e idosos.

Hong Kong, porém, tolera apenas a presença de um membro da família estrangeira e por tempo determinado. As domésticas são obrigadas a morar na casa de seus empregadores e devem deixar a família para trás, no país de origem. Diferentemente de outros estrangeiros, elas não podem obter o visto de residência permanente, normalmente concedido após sete anos no país. Essa desigualdade de tratamento foi objeto de uma grande batalha, encerrada em março de 2013 pela mais alta jurisdição de Hong Kong. Evangeline Vallejos, originária das Filipinas, reivindicava seus direitos após 27 anos no país. Seu visto de residência foi negado. Sobre o processo, o New York Times registrou as considerações de Christopher Chunbg, membro do conselho legislativo de Hong Kong: “Quando essas estrangeiras chegam, o único objetivo é trabalhar como domésticas”. Essa visão é amplamente difundida, de acordo com Zebua: “As famílias esperam que essas imigrantes sejam apenas trabalhadoras, não concebem momentos de descanso ou sexualidade como parte da vida delas”.

A gravidez dessas mulheres abala essas expectativas. Nada de mais, se não fosse o número considerável de empregadores que não reconhecem esse direito à maternidade, por avareza ou ignorância, mas principalmente porque esse fato coloca em questão o lugar que a sociedade espera que elas ocupem. Uma visita aos fóruns on-line sobre expatriados diz muito sobre o estado de espírito desses patrões desorientados. Alguns compartilham soluções para não precisar demitir uma empregada que “cometeu uma falta”: “Sua doméstica deveria assumir a responsabilidade por tudo isso. Você deveria conversar com ela e, com sorte, ela pode decidir ir embora por conta própria”; “Não é sua culpa se ela ficou grávida”; “Ela não poderia ter se protegido?”; “Verifique com a empresa aérea até que ponto mulheres grávidas estão autorizadas a viajar”; “Proponha um aborto: ela pode reembolsar depois”.

A maior parte dos abusos permanece impune. Em 2014, o Ministério do Trabalho recebeu 1.913 queixas de domésticas, das quais apenas catorze se referem a demissões abusivas imediatamente após um anúncio de gravidez. “Nove litígios foram ajustados por conciliação entre as partes e cinco foram julgados”, precisa um porta-voz do ministério. “As agências de recrutamento desencorajam as denúncias com o seguinte argumento: ‘Se você perseguir seu empregador, não conseguirá outro emprego’. Além disso, desempenham o papel de orientar essas mulheres a permanecer sorridentes e diligentes em qualquer circunstância”, lamenta Zebua.

Uma vez demitidas e com o visto expirado, muitas mulheres permanecem em Hong Kong e se calam por medo de uma expulsão sem esperança de retorno. “Durante as tentativas de aproximação, descobri um mundo que não imaginava existir”, confessa Chen. Desde 2007, assistentes sociais encontram mulheres grávidas escondidas pelos cantos de Chungking Mansions, o imóvel monstro do bairro de Tsim Sha Tsui. Corredores iluminados por neon servem de base para imigrantes do subcontinente indiano. Outras domésticas se exilam no Nouveaux Territoires, nas portas de Shenzen.

Em uma cidade vertical como Hong Kong, barracos se empilham sobre telhados. Mulheres sem documentos vivem em casas de lata com apenas um colchão como móvel. “Durante os tufões, a água se infiltra pelas placas e tudo fica a ponto de desabar”, suspira Chen. Os militantes tentam dissuadir essas mulheres de entrar para a clandestinidade, mas elas não têm opção melhor. Nascida em Java, Nirmala chegou a Hong Kong há sete anos. A filha que segura no colo tem 2 anos, os cabelos crespos de seu pai africano e os olhos amendoados da mãe. Quando o casal que a empregava a mandou embora, ela aceitou o processo de extradição: as clandestinas aceitam “se entregar” ao departamento de imigração, o que suspende a expulsão enquanto seu recurso – a contestação da demissão ou pedido de asilo – é analisado. Mas a espera pode ser de meses, até anos, período em que estão proibidas de trabalhar. “É um período no limbo”, resume Constable. “Elas dependem de amigos ou de associações para conseguir teto e comida”, acrescenta. De forma velada, as mulheres contam que procuram bicos aqui e ali, único meio de sobreviver.

Essa espera, que se soma ao estresse da demissão, torna essas imigrantes particularmente vulneráveis. “Quando tive de deixar meus patrões, estava destruída: havia trabalhado duro, noite e dia, sem férias, e de um dia para outro me vi na rua. Dormi na casa de uma amiga durante três meses, depois comecei a vagar por bares, fumar, beber...” Nirmala não terminou a frase. A prostituição é um tabu, mas a ONG sabe que não é raro encontrar ex-domésticas nos bares do bairro vermelho de Wan Chai.

Os pedidos de asilo feitos pela maioria das mulheres demitidas têm poucas chances de ser ouvidos. “A taxa de aceitação é excessivamente baixa para o conjunto de imigrantes, ainda mais para as domésticas”, constata Mark Daly, advogado canadense que se tornou o mais famoso interventor a favor de imigrantes em Hong Kong.“Elas sofrem com o preconceito de que suas demandas seriam ‘sem fundamento’ ou ‘muito tardias’”, completa. Esses processos têm como único mérito permitir que as mulheres ganhem tempo para se preparar para uma partida não desejada. Para justificar a decisão de negar a residência a Vallejos, apesar de seus 27 anos em Hong Kong, os juízes consideraram que os imigrantes devem conservar laços “sinceros” com seu país de origem. A realidade, porém, é infinitamente mais complexa.

Nirmala não é mais bem-vinda em sua família na Indonésia. “Minha família se recusa a me ver porque já não envio dinheiro”, lança ela com uma voz clara. As mães solteiras estão sujeitas à rejeição. Zebua sabe de cor o discurso de alguns parentes, eco irônico do discurso honconguês: “Enviamos você a outro país para trabalhar e trazer dinheiro, não para ficar grávida! O que você fazia por lá? Dormia com qualquer um?”.

Shenyl tentou voltar a seu país quando o pai de seu filho prometeu acompanhá-la, mas ele não deu mais sinal de vida. “Precisarei criar meu filho sozinha, e isso é uma vergonha para a minha família. Os vizinhos, depois meus próprios pais, me insultaram e me ameaçaram de morte.” Shenyl terminou voltando para Hong Kong com um visto de turista antes de se apresentar às autoridades com a esperança de uma hipotética regularização. A jovem olha para Ibrahim e sonha: “Talvez, quando for mais velha, voltaremos para as Filipinas e enfrentaremos todos eles. Graças ao pai, meu filho é residente de Hong Kong. Ele, pelo menos, terá escolha”.

Opera Mundi - Matéria original publicada no Le Monde Diplomatique Brasil.

AS DISPUTAS NO MAR DA CHINA MERIDIONAL VÃO DESAGUAR NUMA GUERRA?

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O mundo anda ocupado com tantas guerras, migrações e eleições que a grande maioria das redações acabou por passar ao lado de mais um choque entre a China e os Estados Unidos. No mês passado um avião-espião americano sobrevoou um território reclamado pela China o que suscitou a reação de Pequim. Há quem tema que, num futuro próximo, a disputa política continue por outros meios.

Porque é que o Mar da China Meridional é tão importante?

Dinheiro! 50% das rotas marítimas mundiais de mercadorias passam pelo Mar da China Meridional. De acordo com a Reuters, o comércio que sulca as águas disputadas vale, anualmente, 5 biliões de dólares. O conflito é acicatado pela eventual existência de reservas de hidrocarbonetos. O Banco Mundial afirma que os fundos marítimos da região têm, no mínimo, reservas de sete mil milhões de barris de petróleo e 900 biliões de metros cúbicos de gás natural. Uma expectativa que não deixa nenhum país do sudeste asiático indiferente.

Quem reclama a soberania do Mar da China Meridional?

Todos! O Mar da China Meridional estende-se por 3,5 milhões de quilómetros quadrados, e banha o Brunei, a China, as Filipinas, a MalásiaTaiwan e o Vietname. A China reclama a posse da totalidade desta vasta área o que contraria as reivindicações dos restantes países. Estes últimos e os EUA receiam que Pequim acabe por fazer uso de instalações militares criadas recentemente para cimentar as pretensões.

Porque é que a tensão está a aumentar?

Imagens de satélite captadas em abril mostram que a China está construir um aeródromo com uma pista de 3 mil metros de comprimento nas ilhas Spratly, cuja soberania é disputada. Mas há também referência à construção de infraestruturas semelhantes noutros territórios, assim como faróis. Finalmente, a China delineou uma nova estratégia naval na região e sublinhou que se pode tornar ofensiva.

E agora?

Taiwan apresentou um plano de apaziguamento no dia 26 para tentar reduzir a tensão entre a China e os vizinhos, apoiados pelos EUA. O presidente Ma Ying-jeou apelou aos envolvidos para meterem na gaveta os desacordos e começarem a falar em partilha de recursos. Um plano similar ao que Taipé apresentou relativamente ao Mar da China Oriental e que lhe permite pescar nas mesmas águas em que navegam barcos japoneses.

Ao apresentar a sua iniciativa, o presidente taiwanês afirmou que era importante encontrar uma solução “antes que rebente um conflito”. Ao que o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, respondeu: “Acreditamos que o povo chinês das duas margens do Estreito tem o dever de proteger conjuntamente a soberania territorial da China, os direitos marítimos e os interesses, assim como salvaguardar a estabilidade da região do Mar da China Meridional.”

GREGOS CELEBRAM O “NÃO”

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Muitos líderes europeus assistiram com um amargo de boca à celebração efusiva dos gregos pela vitória do “Não”.

No domingo, os gregos foram às urnas decidir se aceitavam as propostas dos credores num referendo que serviu de teste ao governo do país.

Segundo números definitivos divulgados pelo Ministério do Interior grego, o “Não” às propostas dos credores obteve 61,31%.

Com a totalidade dos votos contados, o “Sim” foi a escolha de 38,69%, enquanto 5,8% dos votos foram considerados brancos ou nulos.

A abstenção foi de 37,5%, num universo de quase 10 milhões de eleitores.

“Demos um exemplo de democracia. O que precisamos agora é de unidade nacional e unanimidade para formar uma frente nacional forte e retomar a normalidade da economia, e de imediato encontrar uma solução para os problemas durante as negociações com os nossos parceiros”, disse Alexis Tsipras, o primeiro-ministro grego.

Uma das primeiras consequências internas da vitória do “Não” foi a demissão de Antonis Samaras, líder do principal partido da oposição grega, o Nova Democracia.

Samaras liderou a campanha pelo “sim” às propostas dos credores internacionais.

Fernando Peneda com LUSA/REUTERS - Euronews

Perito da ONU pede menos austeridade e mais proteção dos direitos humanos

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Pequim, 06 jul (Lusa) -- Os credores da Grécia deveriam ter em consideração a garantia dos direitos humanos do povo para fechar um acordo financeiro, considera o especialista da ONU Pablo Bohoslavsky, para quem maiores medidas de austeridade não ajudarão o país.

"Tenho a impressão de que a União Europeia (UE) se esqueceu que a lei internacional de direitos humanos tem e deveria ter um papel chave nas finanças", declarou numa conferência de imprensa em Pequim o argentino especialista das Nações Unidas em dívida externa e direitos humanos.

Para Bohoslavsky, se "as partes envolvidas na tragédia grega prestassem mais atenção ao que a lei dos direitos humanos diz, tudo seria mais fácil, sobretudo para o povo grego".

Após a vitória do Não no referendo na Grécia sobre as últimas propostas dos credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), o perito assinalou que a mensagem do povo grego foi clara: "Não a mais medidas de austeridade".

"Na verdade, se olhar para os dados, as medidas de austeridade não ajudaram à recuperação do país", adiantou.

Bohoslavsky encontra-se em visita à China para promover os direitos humanos nos empréstimos internacionais, como os que irão ser realizados pelo recém-criado Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII) e o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Para garantir o respeito e a proteção dos direitos humanos nos países recetores dos empréstimos, o analista aconselha a criação de um mecanismo independente que controle o resultado das ações das instituições, "no qual a sociedade civil deve ter um papel primordial", explicou à agência noticiosa espanhola EFE.

Segundo Bohoslavsky, quer o BAII quer o banco dos BRICS têm que gerir com cuidado um "assunto importante": o que fazer quando um país tem problemas económicos ou financeiros para devolver o dinheiro dos empréstimos.

O especialista aconselha um alívio da dívida sem acrescentar "condições dolorosas" que prejudiquem os direitos humanos no país recetor, para evitar cair em erros cometidos por outras instituições semelhantes.

"O BAII e o Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS devem lutar por um bom historial de gestão de riscos, de consulta com as pessoas e as comunidades e mostrar que os projetos financiados por eles evitarão e atenuarão os impactos sociais negativos melhor que outras (instituições)", defendeu.

PAL // APN

CHINA CONFIA QUE “A UNIÃO EUROPEIA PODE RESOLVER A CRISE”

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Pequim, 06 jul (Lusa) - A China considerou hoje "muito critica" a questão da divida grega, mas manifestou-se confiante de que "a União Europeia pode resolver adequadamente os problemas da divida e ultrapassar as atuais dificuldades".

"Esperamos que a Grécia e os credores internacionais alcancem um acordo e que as negociações resultem", disse uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, num comentário acerca dos resultados do referendo de domingo na Grécia.

A mesma fonte acrescentou que a China deseja que "a Grécia continue na zona euro", acrescentou.

No referendo de domingo na Grécia, o "Não" ao programa dos credores internacionais obteve 61,31% dos votos, contra 38,69% do "Sim".

A China é a segunda economia mundial e um importante investidor na Grécia.

Uma grande empresa estatal chinesa explora dois terminais do porto do Pireu, nos arredores de Atenas, e é candidata à compra de 67% do capital da autoridade portuária local.

"Sempre defendemos a integração europeia, uma Europa próspera e unida, e um euro forte", disse a porta-voz do MNE chinês.

Hoje de manhã, num editorial dedicado ao referendo grego, um jornal do Partido Comunista Chinês (PCC) afirmou que a União Europeia está confrontada com "um desafio sem precedentes" e "uma dolorosa escolha".

"Para a União Europeia, o apaziguamento com a Grécia é encorajar a falta de cumprimento e a rebelião, que terá consequências negativas no futuro, mas expulsar a Grécia significaria um grave retrocesso, outro resultado que não pode permitir ", salientou o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo Diário do Povo, o órgão central do PCC.

AC // ARA

MERCADOS AIÁTICOS EM QUEDA DEPOIS DO “NÃO” GREGO

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Hong Kong, China, 06 jul (Lusa) -- As ações asiáticas e o euro caíram hoje, depois de os eleitores gregos terem rejeitado as medidas de austeridade propostas pelos credores internacionais, alimentando receios de que o país vai sair da Zona Euro.

Apesar de alertas dos líderes europeus de que o referendo de domingo era, efetivamente, um inquérito sobre a permanência ou saída do euro, mais de 60% dos eleitores apoiaram o Governo grego e votaram 'Não'.

Na abertura, a bolsa de Tóquio caiu 1,61%, a de Seul desceu 1%, Sydney perdeu 1,56% e a da Nova Zelândia registava perdas de 0,50%.

O euro valia 1,1024 dólares e 135,11 ienes, em comparação com os 1,1102 dólares e 136,70 ienes na sexta-feira.

No entanto, a moeda única europeia recuperou algumas das perdas sofridas em Nova Iorque, no domingo, nas trocas eletrónicas que antecedem a abertura dos mercados asiáticos, onde chegou a cair para 1,0987 dólares e 134,91 ienes.

Os investidores aguardam desenvolvimentos, de acordo com as decisões do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

"Há uma série de resultados imprevisíveis", disse Mark Lister, líder do Craigs Investment Partners, à Bloomberg News.

"É surpreendente que o voto no 'Não' tenha vencido de forma tão convincente, certamente de forma mais decisiva do que era sugerido pelas sondagens. Isto coloca-nos no limbo por muito mais tempo e é muito negativo para os sentimentos de risco", concluiu.

ISG // FV.
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