Banguecoque, 27 jun (Lusa) -- A organização Human Rights Watch (HRW) pediu hoje a "imediata" e "incondicional" libertação de 14 estudantes detidos na sexta-feira na Tailândia na sequência de protestos pacíficos contra a junta militar no poder há ano.
As autoridades tailandesas detiveram na sexta-feira os ativistas estudantis, acusados por um tribunal militar de sedição e violação da proibição de reunião pública estabelecida pelos militares no poder.
Os estudantes foram transportados para uma prisão de Banguecoque, onde vão permanecer detidos durante 12 dias à espera de procedimentos por um tribunal militar.
Caso sejam considerados culpados podem enfrentar uma pena máxima de sete anos de prisão pelo crime de sedição e até seis meses de prisão e uma multa de 10.000 baht (264 euros) por infringir a proibição de assembleia pública.
"Enquanto insistem que não são ditadores, os generais tailandeses têm usado os tribunais militares como a parte central na sua campanha contra as manifestações pacíficas e a dissidência política", disse Brad Adams, diretor para a Ásia da HRW, em comunicado divulgado hoje.
Na quinta e sexta-feira, estudantes manifestaram-se nas ruas de Banguecoque para exigir o fim da ditadura militar e assinalaram o 83.º aniversário do fim da monarquia absoluta na Tailândia.
FV // ATR