Díli, 01 set (Lusa) - As operações aéreas diárias da Air Timor entre Díli e Bali estão suspensas até 14 de setembro, afetando centenas de passageiros e que podem não ter alternativa, anunciou hoje a companhia.
A decisão consta de um comunicado divulgado ao início da noite pela Air Timor, depois do cancelamento hoje de dois voos, o de ligação entre Denpassar, em Bali, e a capital timorense e o entre Díli e a cidade indonésia.
"Devido a questões fora do controlo da Air Timor, o arranque previsto hoje dos voos indonésios da Citilink (Denpassar-Dili-Denpassar) foi cancelado hoje de manhã", referiu a empresa no comunicado.
"É com profundo desapontamento que informamos que tivemos que suspender temporariamente as operações dos voos Denpassar-Dili-Denpassar entre 02 e 13 de setembro de 2015, inclusive", explicou.
A empresa, que continua sem clarificar os motivos da suspensão dos voos, referiu que as operações deverão começar a 14 de setembro.
Centenas de passageiros foram já afetados em Díli e Denpassar (Bali) pelo cancelamento dos voos previstos para hoje operados pela Air Timor e que marcavam o arranque de um novo contrato com a Citilink, subsidiária da Garuda Indonésia.
Até 31 de agosto, os voos diários da Air Timor de e para Bali eram operados diretamente pela Garuda, passando desde hoje, 01 de setembro, a ser operados pela Citilink.
Fonte do setor explicou à Lusa que o problema se prendeu, inicialmente, com o voo que deveria ser usado para a viagem de Bali para Díli (e posterior regresso à Indonésia), que não tinha a dimensão que a Air Timor pretendia.
Um outro avião disponibilizado não terá conseguido a autorização em Bali para voar para Díli por ser demasiado grande para a pista.
Num primeiro comunicado divulgado hoje, a Air Timor explicou que o "arranque planeado dos voos da Citilink Denpassar-Dili-Denpassar foi atrasado/adiado", sem detalhar as causas exatas do problema.
"A direção da Air Timor está a trabalhar incansavelmente para tentar alavancar o apoio do Governo de Timor-Leste em discussões urgentes com funcionários governamentais indonésios e funcionários locais timorenses", adiantou.
A empresa acrescentou que está a oferecer apoio aos passageiros afetados, procurando soluções alternativas ou reembolsos em dinheiro do valor dos bilhetes.
"Estamos extremamente preocupados com o que ocorreu e forneceremos informação atualizada assim que a tivermos", sublinhou, notando que os voos da empresa para Singapura não foram afetados.
Mário Romaldo, diretor do Aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, garantiu à Lusa que o problema deste voo não era com a Aviação Civil, confirmando que tinha sido dada autorização para a realização dos voos.
"A Air Timor tem um acordo com a Citilink e foi com base nesse acordo que apresentou os documentos à Aviação Civil, que deu a autorização e aprovou os voos operados pela Citilink", explicou.
"Da parte da aviação civil não há problema. O problema não é da nossa parte. Agora a bola está do lado da Citilink e da Air Timor", disse.
Formalmente, a Air Timor é obrigada a contratar outras companhias aéreas para as ligações com Timor-Leste porque o país ainda não pode emitir Air Operator Certificates e outros certificados necessários para operações nacionais.
Os voos da companhia aérea Sriwijaya entre Denpassar e Díli não foram afetados.
ASP // VM