Díli, 27 ago (Lusa) - O Governo neozelandês anunciou um programa de apoio de 14,5 milhões de dólares neozelandeses (8,26 milhões de euros), ao longo de cinco anos, para o desenvolvimento dos setores do café e do cacau em Timor-Leste.
Murray McCully, ministro dos Negócios Estrangeiros neozelandês, disse que o apoio pretende ajudar a estimular setores que podem ser potenciados em Timor-Leste.
"O café é a maior exportação de Timor-Leste depois de petróleo e gás, mas problemas de produtividade significam que o setor tem um desempenho significativamente abaixo do seu potencial", explicou Murray McCully.
"Quase 20% das famílias timorenses dependem exclusivamente de café para o seu rendimento, mas a produtividade por árvore é menos 20% do que a média global. O investimento da Nova Zelândia visa aumentar a produtividade global do sector e o retorno para os produtores", explicou.
O projeto, denominada Oportunidades de Agronegócio no Café e Cacau, incidirá em particular na renovação dos campos de café, na melhoria da qualidade da produção de sementes e no fornecimento de ferramentas e equipamentos para os agricultores.
Prevê ainda formação e a criação de campos de demonstração, que ajudem a melhorar os conhecimentos e capacidades dos agricultores através de cursos práticos de curta duração.
Segundo o Governo neozelandês, espera-se que o projeto crie 4.680 novos empregos, permanentes e sazonais, duplicando o rendimento dos 19.000 agricultores participantes, "proporcionando-lhes maior acesso aos mercados internacionais e melhores preços através da estrutura cooperativa de agricultores", explicou McCully.
O café é o principal produto exportado de Timor-Leste, com o seu valor ainda a ser reduzido, em torno a 15 milhões de dólares anuais.
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