Díli, 14 ago (Lusa) - O Presidente da República timorense, Taur Matan Ruak, pediu "perdão" em nome do Estado, pelas circunstâncias que resultaram na morte do ex-guerrilheiro, Mauk Moruk, numa troca de tiros com as forças de segurança timorenses no sábado.
"Como pai da nação, o Presidente quer pedir perdão aos cidadãos e, em particular, às famílias que perderam ou que viram os seus entes queridos feridos. Como pai da nação, também o Presidente carrega o peso deste desfecho", disse o chefe de Estado, segundo um comunicado divulgado hoje pelo seu gabinete.
O comunicado explica que as declarações de Taur Matan Ruak foram proferidas no início desta semana durante uma visita à região de Matata e Ermera, a sul de Díli, tendo o chefe de Estado adiantado "que tentou impedir um derramamento de sangue e que também ele carrega o peso do sucedido".
A Presidência explica que além de Mauk Moruk morreram em confrontos com as forças de segurança timorenses três outros elementos do Conselho da Revolução Maubere (CRM) - liderado por Mauk Moruk - e dois civis, tendo ficado feridos nove efetivos das forças de defesa (F-FDLT) e da polícia nacional (PNTL).
No diálogo com a população do suco de Matata, posto administrativo de Railaco, Taur Matan Ruak apelou "ao reforço da paz e das relações de amizade entre os cidadãos, à humildade, ao respeito mútuo e à confiança, realçando que episódios de conflito como o de Mauk Moruk não se podem repetir".
"Pedimos a Deus que este tenha sido o último conflito. Não pode haver mais discórdia, não podemos continuar a lutar uns contra os outros", disse.
"O Chefe de Estado acrescentou ainda que o sangue derramado por Mauk Moruk e os seus apoiantes os absolveu de todos os pecados e pediu a Deus que os acolhesse de braços abertos para que possam velar pelos timorenses na Terra", disse.
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