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Guiné-Bissau quer ser plataforma para investimento chinês na África ocidental

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Bissau, 08 abr (Lusa) - A Guiné-Bissau quer transformar-se numa plataforma de investimento chinês para Africa ocidental, apostando na forte ligação a Macau, explicou à Lusa um dos promotores de um encontro empresarial entre os dois países.

"A Guiné-Bissau como plataforma para a internacionalização empresarial na África Ocidental"é o lema do Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa -- Fórum Macau que tem início no sábado em Bissau.

"É objetivo do Governo colocar o país na rota do investimento chinês", que já tem uma dimensão relevante noutros países africanos, mas é ainda reduzido na Guiné-Bissau, explica Bruno Jauad, outro dos coordenadores do evento, que salientou a estabilidade económica do país, apesar das sucessivas crises políticas.

"Na Guiné-Bissau, a propriedade privada não foi grosseiramente violada", ao contrário do que aconteceu "noutros países" africanos e, desde as eleições de 2014, os militares têm mantido "uma postura republicana", distanciando-se do processo político.

O encontro de empresários e órgãos institucionais vai decorrer num hotel renovado de Bissau a partir desta hoje, dia 08, com uma reunião das agências de promoção de investimento. Cada país vai apresentar o respetivo ambiente de investimento no sábado, dia 09, bem como as políticas para setores considerados motores de crescimento: agricultura, pescas, agroindústria e turismo.

Para dia 10 estão agendados painéis sobre infraestruturas, energia e minas e no dia 11 será feita uma visita às ilhas Bijagós. O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido como Fórum Macau, foi criado em outubro de 2003, por iniciativa do Governo Central da China.

Apresenta-se como uma organização de cooperação e promoção do intercâmbio económico e comercial entre a China e sete países de Língua Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste) que utiliza Macau como plataforma de ligação.

LFO // PJA

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