Jacarta, 16 mar (Lusa) -- A polícia indonésia abateu dois uigures chineses que alegadamente combatiam nas fileiras de um grupo extremista cujo líder tem ligação ao Estado Islâmico (EI), disse um funcionário do país.
Os membros daquela minoria étnica muçulmana foram mortos numa troca de tiros na terça-feira de manhã nas montanhas da ilha de Sulawesi, no centro da Indonésia, quando as autoridades procuravam o líder do grupo radical, Santoso.
"Podemos confirmar que os dois que morreram eram uigures", disse à AFP o chefe da polícia de Sulawesi.
O Governo indonésio tem lançado várias operações para tentar capturar o líder do grupo, que prometeu lealdade ao Estado Islâmico (EI).
A maior parte dos uigures que combatem na Indonésia são provenientes da província chinesa de Xinjiang, onde esta minoria muçulmana é alvo de repressão cultural e religiosa, escreve a AFP.
Em julho, três chineses de origem uigur foram condenados a seis anos de prisão por terrorismo, depois de terem procurado juntar-se ao grupo liderado por Santoso. A atual operação envolve cerca de 2.000 polícias e militares.
A Indonésia declarou a sua própria "guerra contra o terrorismo", na sequência dos atentados de Bali em 2002, que fizeram 202 mortos.
A 14 de janeiro deste ano, o centro de Jacarta foi palco de atentados suicidas reivindicados pelo EI.
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