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Quatro das dez economias com maiores recessões em 2016 são lusófonas - Economist

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Londres, 05 jan (Lusa) - A Economist Intelligence Unit (EIU) diz que das dez economias com as maiores recessões económicas este ano, quatro são de língua oficial portuguesa, numa lista encabeçada pela Guiné Equatorial e em que estão também Macau, Brasil e Timor-Leste.

Macau é uma região administrativa especial chinesa.

"O Produto Interno Bruto mundial deve crescer 2,7% em 2016, de acordo com a EIU", acelerando ligeiramente face aos 2,4% previstos para 2015, escreve a revista britânica num artigo em que cita os dados da sua unidade de análise económica.

"A perspetiva moderada para 2016 reflete o facto de o crescimento ser ainda incipiente na zona euro, no Japão e nos mercados emergentes como um todo", escreve a revista.

A lista das economias com o pior desempenho face ao ano anterior é encabeçada pela Líbia, que deverá contrair-se mais de 8%, seguida pela Venezuela, com uma recessão superior a 6%, e pela Guiné Equatorial, que mantém a recessão de 3% em 2016.

Na lista das dez economias com o pior desempenho previsto para este ano face ao ano passado, a EIU identifica ainda a Síria, Macau, Brasil, Timor-Leste, Burundi, Trindade e Tobago e a Grécia, que deverá contrair-se cerca de 1%.

O panorama é particularmente sombrio "para os países exportadores de matérias-primas como a Venezuela, que está numa profunda recessão", acrescenta o artigo, notando que a perspetiva de evolução para o Brasil "está longe de ser positiva devido à conjugação da descida dos preços do petróleo com o escândalo da Petrobras, que afeta o investimento no setor do petróleo e gás".

O Brasil, aliás, é a história de capa da revista desta semana, com o título "A queda do Brasil - Dilma Rousseff e o desastroso ano pela frente", na qual a Presidente brasileira aparece cabisbaixa e de olhos fechados.

Ainda assim, conclui o breve artigo da Economist, há algumas boas notícias: "apesar de o crescimento do PIB do Turquemenistão estar a abrandar, a construção de um novo 'pipeline' entre a Ásia Central e a China deve ajudar a apoiar as exportações", e há vários países da Ásia emergente que deverão ter uma notável presença nas dez economias em mais rápido crescimento.

"O crescimento na região é aumentado pelo aumento do consumo privado, e pelo setor do turismo revitalizado no Laos", conclui a revista britânica.

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