Pequim, 04 jan (Lusa) -- Um total de 29.000 altos cargos chineses foram punidos entre janeiro e novembro de 2015, por não seguirem a campanha de austeridade nos gastos impulsionada pelo regime, informou hoje a Comissão Central de Inspeção de Disciplina.
O número, incluído num relatório divulgado hoje pela comissão, representa uma significativa redução de casos de gastos excessivos, em relação a 2014, quando o número de sancionados chegou aos 71.000.
A comissão não deu pormenores sobre as sanções impostas, apesar de estas, dependendo de cada caso, poderem oscilar entre a abertura de uma investigação, a suspensão das funções laborais, despedimento ou, nos casos mais graves, expulsão do partido.
Em finais de 2012, Xi Jinping avançou com uma diretiva de oito pontos contra "a burocracia, a extravagância e os hábitos de trabalho indesejáveis" no seio do Partido Comunista Chinês.
A campanha reduziu a dimensão dos banquetes oficias, as viagens de trabalho e cerimónias públicas, mas também afetou a vida pessoal dos políticos, já que passaram a poder ser punidos por organizarem casamentos faustosos para os seus filhos ou por conduzirem carros luxuosos.
Apesar da descida do número de casos, as autoridades anticorrupção chinesas sublinharam "ainda estar longe de arrancar completamente a raiz" das violações das regras relativas aos gastos.
ISG // ARA