Sydney, Austrália, 14 nov (Lusa) -- A Austrália condenou hoje os atentados em Paris e ofereceu ajuda à autoridades francesas, enquanto decidiu manter o nível alto de alerta terrorista no país, em vigor desde setembro de 2014.
"Solidarizamo-nos com o povo da França, condenando estes ataques horríveis e devastadores", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, em conferência de imprensa.
A chefe da diplomacia australiana indicou que se reuniu com o primeiro-ministro em exercício, Warren Truss, membros do comité nacional de segurança, e com o chefe da Organização de Serviços Secretos da Austrália (ASIO), Duncan Lewis, para avaliar a situação após os atentados.
"O nosso centro de avaliação de ameaças sob alçada da ASIO está a acompanhar a situação para analisar se é necessário alterar a avaliação de segurança da Austrália", disse Bishop, indicando que, de momento, não têm intenção de o fazer.
A chefe da diplomacia assinalou que já informou o primeiro-ministro, Malcolm Turnbull, que se encontra na Alemanha, antes de viajar para a Turquia para participar na cimeira do G20.
A Austrália elevou, em setembro de 2014, o nível de alerta terrorista de "médio" para "alto" pela primeira vez em dez anos.
A participação de tropas australianas em missões de abastecimento de armas e munições às forças que lutam contra os 'jihadistas' no norte do Iraque e na Síria e os receios relativamente ao regresso de extremistas nascidos na Austrália, ou com passaporte do país, que combatem nas fileiras do Estado Islâmico (EI) foram duas das razões então invocadas pelas autoridades.
DM // MP